Depois do impacto causado por Wicked no ano passado, era natural que a continuação chegasse cercada de expectativas. Jon M. Chu retorna ao comando e, já nos primeiros minutos, fica evidente que a ambição visual e sonora permanece intacta. Cynthia Erivo e Ariana Grande retomam seus papéis com a mesma intensidade, carregando o filme nas costas sempre que a narrativa parece se apressar. E é justamente aí que mora o principal dilema desta segunda parte: ela acerta na emoção e na grandiosidade, mas sente o peso de ser uma conclusão que precisa amarrar tudo aquilo que o primeiro deixou em aberto. O resultado é uma obra que não supera seu antecessor, mas chega muito perto, tropeçando mais pela estrutura dividida em duas partes do que por falta de impacto.
É uma continuação que carrega o peso de ser a parte final de uma história dividida. Ele sofre com isso, mas também se beneficia de todo o terreno emocional construído anteriormente. Jon M. Chu entrega as respostas possíveis dentro do tempo que tem e, graças ao carisma das protagonistas, ao espetáculo visual e à força das músicas, transforma o filme em uma conclusão digna, emocionante e grandiosa. Não seria surpresa vê-lo alcançar prêmios que escaparam ao primeiro longa. Além de encerrar a história de forma sólida, Wicked abre as portas de Oz para uma nova geração, e faz isso com brilho, emoção e personalidade.
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