Sinopse:
Uma brilhante analista em contraterrorismo não confia em inteligência artificial, mas precisa usá-la quando a missão para capturar um robô rebelde dá errado.
Crítica:
"Atlas" claramente decepciona, apesar de seu potencial promissor. O filme traz uma premissa interessante, com Jennifer Lopez interpretando uma analista de contraterrorismo que deve confiar na inteligência artificial, mas rapidamente se perde em seus próprios clichês. O roteiro, escrito por Leo Sardarian e Aron Eli Coleite, parece superficial e previsível, fazendo com que os diálogos soem forçados e artificiais, em vez de provocar reflexão ou tensão.
Simu Liu e Sterling K. Brown, que poderiam agregar camadas dramáticas aos seus papéis, não conseguem resgatar a trama de seus desvios sem sentido. A dinâmica entre os personagens não se desenvolve de maneira convincente, resultando em atuações que parecem mais como caricaturas do que como figuras tridimensionais.
Além disso, a condução da narrativa é desequilibrada, levando o público a uma sequência de eventos desconexos que não se conectam de maneira satisfatória. As cenas de ação, que poderiam servir para elevar a adrenalina, falham em gerar empolgação, enquanto a construção de tensão é apressada e mal executada, fazendo com que a experiência se torne entediante.
"Atlas" também é prejudicado pela sua dependência em clichés de ficção científica. A ideia de um robô rebelde e a hesitação da protagonista em confiar na tecnologia são temas explorados em muitos filmes anteriores, mas aqui se tornam previsíveis e sem originalidade.
No geral, este filme se entrega a um espetáculo que carece de profundidade, inteligência e inovação. O resultado final é um produto que, definitivamente, não cumpre as expectativas, deixando o espectador desiludido. "Atlas" não apenas falha em suas ambições de suspense e ficção científica, como também serve como um lembrete de que, às vezes, a inteligência que se afirma ser inovadora é, na verdade, apenas uma fachada para uma narrativa arrastada e vazia.