Média
3,9
551 notas
Você assistiu A Baleia ?
5,0
Enviada em 8 de abril de 2023
O drama é profundo e extremamente denso. As personagens são lineares e realistas. É um tapa de sutileza grotesca com muita simbologia. Merecia mais prêmios.
3,5
Enviada em 8 de abril de 2023
Certamente, muita gente já se gelou por dentro quando sua cara metade diz que precisa discutir a relação. Se tivermos que resumir o filme estrelado por Brendan Fraser, é o que ocorre durante todo o desenrolar da película.
Alguns filmes de Hollywood se notabilizam por muita ação e adrenalina. É o que não se pode falar de “A Baleia”. Na verdade, o filme é baseado numa peça de teatro escrita por Samuel D. Hunter e explora mais as questões psicológicas e os diálogos ásperos.
Se você espera superprodução, esqueça. “A Baleia” tem apenas um lugar de filmagem, o apartamento do professor obeso Charlie, cujo protagonista é o herói da série “A Múmia”. Brendan Fraser mereceu, com louvor, faturar a estatueta do Oscar 2023. Não somente pelo desempenho no papel, mas por se sujeitar a pesadas dietas e sessões brutais de maquiagem e instalação de próteses.
Charlie é um professor que se envergonha de sua imagem; esconde-se por detrás de um computador enquanto orienta sua classe em seus próximos trabalhos.
Sem muito tempo para viver, resolve se conectar ou voltar às boas relações com sua filha Ellie (vivida pela ótima Sadie Sink). A troca por um relacionamento com um homem trouxe consequências sérias para Charlie, o qual tem que superar a solidão e sua complicada relação com a comida e a própria aparência. Apesar de um amor intenso e duradouro, seu companheiro morreu.
Projetando sua dor e sua culpa, vilões que, em certos instantes saltam para as telas, como no momento em que Charlie precisa andar por conta própria ou buscar uma chave, ele tem “altos e baixos”.
Às vezes se dá bem com Liz (Hong Chau), mas repentinamente a conversa descamba. Melhor tentativa com o entregador de pizza que nem o conhece direito, já que Charlie fica trancafiado em seu apartamento. Talvez as câmeras só fiquem confinadas nesse ambiente justamente para registrar o cotidiano dramático e claustrofóbico da personagem vivida por Brendan Fraser.
Em seu círculo, logo aparecerá Thomas (Ty Simpkins), o qual sem saber, pode levantar um fantasma sepultado no passado. Mas também pode ressurgir como alguém que confia e traz a palavra religiosa como um conforto para a alma atormentada de Charlie.
De forma realista e repentina, todas as pessoas que estão à sua volta evocam uma pendência, uma falta, um erro, um equívoco que cobram de Charlie. Desde a separação ocorrida com sua esposa Mary (Interpretada por Samantha Morton) até a surpresa guardada por Liz e a ambiguidade (aparentemente sinistra) de sua filha Ellie.
Essa ambiguidade também se esconde no título, pois oportunamente pode se referir ao professor gay e gordo Charlie como a redação guardada com carinho por ele que analisa uma parte do livro “Moby Dick”, de Herman Melville. Entre esses dois elementos, há uma ligação afetiva bem maior do que a suposta.
Queixas, discussões, desentendimentos e diálogos simples trazem à tona o que muitas famílias da vida real passam: a expressão nua e crua das emoções ou a falta da expressão delas. E é nessa onda que “A Baleia” pega carona.
Mesmo convivendo com uma filha que despreza as pessoas, como se pode notar nas redes sociais de Ellie, ou apegado a um raio de esperança, ainda que se sentindo o pior dos mortais, Brendan Fraser faz lembrar o “Cândido” de Voltaire: um otimismo que busca atravessar o pântano cheio de amarguras.
Questões relacionadas ao consumismo, ao descontrole emocional e a acomodada proteção atrás de um computador são mostradas – às vezes, com falta de sutileza. Afinal de contas, a obesidade e o sobrepeso são problemas que atravessaram as fronteiras dos Estados Unidos e se tornou uma praga mundial.
De forma um pouco mais velada, a proporção e o conteúdo das redes sociais são mostrados tanto para o bem quanto para o mal. Em certa altura, Charlie quebra o notebook. Uma profecia do que pode acontecer com ele ou simplesmente uma saturação advinda da insatisfação com a vida que levou nos últimos tempos?
Existem pouquíssimas cenas fora do apartamento do professor: depois da porta principal, algumas coisas faladas ou olhadas constituem-se como elementos reveladores ou assustadores.
Depois da porta, é inegável que todas as lentes convirjam para Brendan Fraser, protagonista e gerador de todo o tipo de relacionamento e emoção. É onde se pode ver a autoafirmação (ou não) de alguém que “escorregou na casca da banana”, mas que objetiva um algo mais que não é valorizado na cultura materialista do Ocidente. Seus problemas respiratórios vão na contramão de sua humildade arranhada a todo tempo, mas perseverante, como um atleta disputando uma maratona.
“A Baleia” pode não ser a obra-prima do ano de 2023, mas nos tempos de clausura, de uso abusivo de redes sociais e da obesidade, da intolerância, de uma crescente falta de interação e de socialização que os jovens vêm sofrendo (e manifestando), o filme guarda mensagens de alerta não só para uma mudança de comportamento na juventude, mas para seus pais que, com sua experiência, podem apontar rumos diferentes para seus filhos.
2,0
Enviada em 2 de abril de 2023
De fato a atuação de Brendan é excelente, mas ela, sozinha, nao consegue sustentar o longa... A primeira coisa que me incomodou foi a previsibilidade do roteiro: tudo que você imagina que vai acontecer acontece, e com altas doses de melodrama. Me parece que o diretor insiste em fórmulas prontas pro espectador se comover. Os temas que o filme aborda poderiam ser mais aprofundados, mas parece que tudo para na panela rasa do melodrama. Uma serie de mensagem sao passadas pra que a gente sinta "dó" do protagonista, e temas como homofobia, fundametalismos religisoso e gordofobia parecem fazer um pano de fundo para que o drama aumente. Inclusive devo dizer que em vários momentos percebi que estereótipos gordofóbicos foram reforçados ao invés de serem minimamente questionados. O que é uma grande pena, pois diante dessa atuaçao maravilhosa de Fraser, era possível trazer muita força para esse discussão. Também não gostei da atuaçao da filha, esqueci o nome, me pareceu muito forçada. E por fim devo dizer que detestei a trilha sonora, tão estereotipada quanto o roteiro e a edição.
Marco Souza

1 crítica

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0,5
Enviada em 1 de abril de 2023
É um grande lixo. Grande, enorme, gigante, obceno, grotesco, dispensável lixo. Só não é possível reciclar, como todo "bom" lixo. Esse não! Não vale a pena perder tempo com esse lixo.
4,0
Enviada em 29 de março de 2023
Darren Aronofsky dirige esse filme que conta com a melhor atuação do ano com o ótimo Brendan Fraser e aqui temos um filme duro, difícil e com um roteiro lento mais que não cansa, apesar das dores. Um filme de qualidade.
4,0
Enviada em 26 de março de 2023
É um filme de um roteiro e cenário simples, que conta com uma excelente atuação dos atores principalmente do Brendan Freaser. Um filme muito realista narrando a história vivenciada por milhares de pessoas em todos os cantos. Um homem que que largou a sua família para viver um relacionamento homoafetivo e após a morte do seu parceiro ele tenta se reconectar com a sua filha, porém, em uma situação ruim de saúde por ser obeso. Um drama com um suspense que pela atuação do Brendan, mereceu depois o OSCAR.
Milton R.

17 críticas

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4,0
Enviada em 22 de março de 2023
A Baleia e um filme atipico, sensivel e ao mesmo tempo serio em sua conotaçao gordofobia.
As pessoa snao ficam gordas so pq gostam de comer desenfreadamente, existe um disturbio com cada pessoa, com sentimentos, magoas, e ate mesmo nao saber lidar com a perda emocional.
As vezes as pessoas se fecham no mundo de culpas, vivem fora da realidade, acando que seu problema e o maior de todos.
Parabens A Brendan Frase por sua atuaçao impar!
1,0
Enviada em 22 de março de 2023
uma colagem inverossímil de dramas pessoais giram em torno do personagem principal. Personagens patéticos. Salva-se a boa atuação do Brendan Frasier.
5,0
Enviada em 22 de março de 2023
O filme me tocou numa parte, se tentar fazer o bem, ao mesmo tempo focando em você, me levou a uma parte para pensar em "o quão raso tudo é". E que mesmo a gente tentando fazer coisas boas, nem sempre vão dar certo. Mas que é pra continuar "ajeitando" até dá, por mais quebrado que esteja.
Anny R

1 crítica

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4,0
Enviada em 21 de março de 2023
Traz reflexões importantes e urgentes, mas não traz nada de muito inovador ou surpreendente. Narrativas que já existem em outros filmes.
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