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    O Pianista
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    4,6
    2684 notas
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    78 Críticas do usuário

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    Ricardo D.
    Ricardo D.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de março de 2018
    O pianista e sua intertextualidade com Shakespeare e Dostoiesvisk

    Alguns poucos segundos de cenário preto e branco. Ano de 1939. Cidade de Varsóvia, capital da Polônia, e um par de mãos masculinas faz bailarinar seus dedos cumpridos em teclas de piano, até melodia de Frédéric Chopin dar boas vindas aos telespectadores do filme O pianista (2002) dirigido pelo francês Roman Polanski.
    Vivido na pele do ator norte-americano Adrien Brody, Władysław Szpilman é o pianista judeu-polonês neste inquietante filme que recebe pitadas de intertextualidade com trechos de obras do inglês William Shakespeare e do russo Fiódor Dostoiesvisk. Início da Segunda Guerra Mundial, e os judeus são impiedosamente perseguidos pelos alemães, sendo até proibidos, por decreto oficial, de frequentarem parques e alguns restaurantes de Varsóvia.
    Szpilman resolve vender livros com seu amigo judeu, em praça pública, para receber alguns zlotys (a unidade da moeda polaca) para que possam comprar comida.

    - Vendeu algum? – questiona o pianista ao seu companheiro de venda.
    - Só O idiota de Dostoievski. Três miseráveis zlotys.
    O Idiota, romance publicado em 1869, traz um dos personagens mais cativantes da literatura mundial: o príncipe Míchkin, homem bondoso, íntegro, ingênuo, que padece de epilepsia. Os seres humanos o julgam incapaz, bobo, mas desconhecem sua inteligência aguda, subestimando-a com chacotas. Aqui, percebemos a semelhança entre o judeu de Polanski e o Míchkin de Dostoievski.
    A partir deste diálogo em que emerge a primeira intertextualidade no filme, o telespectador verá cenas nas quais personagens utilizam a expressão “idiota” em suas falas, como num episódio em que um menino vende caramelos para judeus famintos e um dos judeus, ao avistar o garoto, lança a pergunta-reflexiva:
    - Idiota! O que ele pensa que fará com o dinheiro?
    Em seguida, o pai de Szpilman, senhor de cabelos embranquecidos e voz debilitada, pergunta ao pequeno vendedor:
    - Quanto é o caramelo?
    - Vinte zlotys.
    O preço superfaturado do caramelo contrasta abruptamente com o mísero preço do livro O idiota vendido por três zlotys.
    Mais adiante, o pianista Szpilman pergunta ao amigo:
    - O que está lendo?
    Sentado no meio fio, responde lendo alguns trechos do livro:
    - “Se nos picarem, não sangramos? Se nos fizerem cócegas, não rimos? Se nos envenenarem, não morremos? E, se nos ultrajarem, não nos vingaremos?.
    - Bem a calhar.
    - Por isso eu trouxe. - Fecha o livro, que mostra em sua capa o retrato do poeta William Shakespeare, e o entrega ao pianista.
    Estas são citações desafiadoras da fala do personagem judeu Shylock da obra shakespeariana O mercador de Veneza. Nesta sua narrativa, o dramaturgo inglês faz malabarismo com a ironia e a comédia. Eis a segunda intertextualidade bem estruturada por Polanski ao longo do drama O pianista.
    Que intenção ou quais intenções teve o diretor ao intertextualizar fragmentos de O idiota e O mercador de Veneza neste longa-metragem que traz como temáticas perturbadoras a Segunda Guerra Mundial, a perseguição aos judeus e um certo pianista judeu-polonês? Ao leitor-telespectador caberá ler O idiota, O mercador de Veneza, assistir O pianista e, então, refletir o propósito da intertextualidade de Roman Polanski.
    No ano de 1945, Szpilman escreveu um relato da sua sobrevivência em Varsóvia. Sua história transformou-se em livro de título Morte de uma cidade. Décadas depois, o cineasta Roman Polanski, que também dirigiu a comédia-terror A dança dos vampiros (1967) e o suspense-psicológico O bebê de Rosemary (1968), construiu versão de toda essa história dramática vivida pelo músico Władysław Szpilman. O pianista ganhou três orcars, o de melhor diretor, melhor ator e melhor roteiro adaptado, sendo indicado ainda para melhor filme, melhor fotografia, melhor figurino e melhor edição.
    Polanski, Shakespeare, Dostoiesvisk. Um diretor francês, um dramaturgo inglês, um escritor russo. França, Inglaterra e Rússia, países aliados naquela guerra em combate aos alemães. Coincidências?
    Tenham os leitores ideia da dimensão da genialidade de Polanski. Fizera ele teste com mais de 1.400 atores para encarnar o papel do pianista Szpilman. Outro fato curioso é que sua mãe morrera em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial e, quando ainda criança na Polônia, para se escapar dos nazistas, escondia-se nos cinemas.
    Reverencio O pianista, sua intertextualidade presente em cenas e diálogos chocantes, seu começo estimulante, seu desenrolar aterrador e o seu desfecho extraordinariamente carregado de suspense, compaixão e poesia. Tudo isso encarnado por um elenco de primeiríssima linha.
    Jhé
    Jhé

    9 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 17 de dezembro de 2017
    Baseado nos tempos do governo nazista Adolf Hitler o filme mostra um musico ao qual sua unica arma e tocar piano ele luta pela sobrevivência fugindo dos soldados nazistas se refugiando na casas abandonadas e entre escombros ele vai tentando sobreviver...
    João Lucas B.
    João Lucas B.

    4 seguidores 28 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 3 de janeiro de 2019
    "O pianista" de Roman Polanski, conta a história real de Wladyslaw Szpilman, um pianista polonês, que por ser judeu, é perseguido e sofre com as atrocidades cometidas pelos nazistas. Adrien Brody, vencedor do Oscar de 2003 por esse filme, está excepcional; Consegue convencer como pianista e a mudança dele ao decorrer da trama é espetacular.Ao perder a família e todos que o ajudavam, ele se transforma e passa muito bem o sofrimento da guerra e da perda, assim como a falta de comida e a luta pela sobrevivência; Aliás, Adrien perdeu 13 kilos para demonstrar essa mudança.
    O roteiro adaptado, que também levou o Oscar, é muito bem escrito e narra muito bem o sofrimento do protagonista.Chega a ser um pouco lento no decorrer da trama mas nada que atrapalhe o filme.
    Roman Polanski fez um de seus melhores trabalhos aqui, junto do diretor de fotografia faz cenas belíssimas e consegue passar o horror sofrido pelos judeus perseguidos.
    Com certeza é um clássico, consegue perfeitamente narrar o sofrimento da guerra, e dessa vez, não pelo ponto de vista dos soldados americanos, como tantas vezes já vimos, e sim de um pianista judeu.
    Tocante, dramático, chocante e realista, "O Pianista" mostra o horror da guerra de uma forma extremamente dolorosa.
    NOTA: 8.8
    Isac B.
    Isac B.

    7 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 19 de julho de 2017
    esse filme é simplesmente fantásticos, magnífico. Não tem palavras melhores para descrever esse filme. gostei muito !!!
    Anne S
    Anne S

    9 seguidores 65 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 17 de julho de 2017
    O filme nos traz a experiência e versatilidade de Roman Polanski e a competência de Adrien Brody, Emilia Fox e outros, somados ao roteiro realistico e desenvolvido com extrema visceralidade. Como Adrien Brody captou bem as nuances de sofrimento até a quase morte de fome, a decepção de ser explorado, o desespero dr ver o estado em que ficou o povo de suas origens! Filme denso, profundo, reflexivo. Se passa dentro de uma Época que a História registrou, então mais um motivo para ser visto e revisto.
    Chandler R B.
    Chandler R B.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 10 de março de 2017
    ISSO SIM QUE É FILME!!! está na minha lista de melhores filmes da minha vida. Super recomendo.......
    Lucas S.
    Lucas S.

    268 seguidores 204 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 4 de abril de 2016
    Histórias sobre a segunda guerra mundial, creio que atraem a atenção de muitos cinéfilos, esse é um daqueles bem produzidos e cotados entre os críticos.
    O filme nos mostra a trajetória de um pianista que trabalhava na rádio Varsóvia na Polônia durante o inicio da segunda guerra mundial, mostrando o caminho trilhado dele e de sua família, abordando a forma gradativa em que o regime nazista foi tirando direitos, acusando-os injustamente e restringindo a vida dos Judeus, impondo crenças falsas na mente dos alemães até chegar ao extremo de criar um bairro só dos judeus e emparedar tudo, até o ponto derradeiro dos campos de concentração.
    Muitos lá tinham esperanças, mas como sabemos a maioria foi aniquilada.
    O pianista em si, conseguiu fugir e viver as escondidas com ajuda de alemães do bem. Contando-nos de uma forma esplêndida a luta pela sobrevivência até que essa miséria humana terminasse.
    Marcely S.
    Marcely S.

    9 seguidores 4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 17 de agosto de 2015
    Filme Maravilhoso! com ótimo roteiro e atores de qualidade!
    Sandro P.
    Sandro P.

    7.107 seguidores 572 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de julho de 2015
    Um filme muito bem feito!!! Bem dirigido e com ótimo roteiro. Bela atuação de Adrien Brody! É difícil um filme longo de drama não ser cansativo, esse os 150 minutos passam rápido...
    Odiombar
    Odiombar

    7 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 22 de fevereiro de 2015
    O filme é excelente, a fidelidade histórica é honesta, mas quando fui ver o filme pela primeira vez, foi motivado pela trilha sonora que inclui Chopin. É incrível a musicalidade do filme, pois além de Chopin inclui Beethoven e a grande canção Marsz Strzelcow do folclore polonês e Tantz, tantz Yidelekh uma efusiante música judia. Em termos musicais, o filme vai do clássico ao folclórico. Poucos filmes têm uma trilha sonora tão rica.
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