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3,6
82 notas
Você assistiu Um Completo Desconhecido ?

12 Críticas do usuário

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Enviada em 28 de fevereiro de 2025
Sinopse:
O jovem Bob Dylan chega a Nova York com seu violão e talento revolucionário. Na cidade, os seus relacionamentos mais íntimos são formados durante sua ascensão à fama. Em sua jornada, ele fica inquieto com o movimento folk, fazendo uma escolha controversa que reverbera no mundo todo.

Crítica:
"Um Completo Desconhecido" é um envolvente retrato da vida e arte de Bob Dylan, dirigido por James Mangold. O filme destaca a ascensão de Dylan na cena folk dos anos 60, um período de vibrante inovação musical e agitação social. Timothée Chalamet se destaca como Dylan, capturando tanto a genialidade quanto a vulnerabilidade do icônico artista.

Baseado no livro de Elijah Wald, a narrativa equilibra momentos pessoais e a tumultuada carreira de Dylan, especialmente sua transição para instrumentos elétricos, que desafiou normas e gerou intensos debates. Mangold trata essa evolução com sensibilidade, permitindo que a complexidade do legado musical de Dylan se manifeste de forma rica.

O elenco coadjuvante, incluindo Edward Norton e Elle Fanning, oferece performances que enriquecem a jornada de Dylan e criam uma narrativa multifacetada. A direção de Mangold é cuidadosa, com cada cena homenageando o espírito rebelde inovador do músico.

Visualmente, o filme é deslumbrante, com cinematografia que capta a essência dos anos 60, mergulhando o espectador na atmosfera vibrante da época. A trilha sonora é uma celebração dos clássicos de Dylan, evocando nostalgia e uma nova apreciação por sua obra.

"Um Completo Desconhecido" transcende uma mera biografia; é uma reflexão sobre a busca da identidade e o poder da arte na transformação social. Com um equilíbrio entre drama e entretenimento, a história permite que tanto fãs de longa data quanto novos ouvintes se conectem de forma significativa com a música de Dylan.

Em resumo, o filme é um tributo respeitoso e inspirador a um dos artistas mais influentes da música, solidificando a importância de suas contribuições e a relevância contínua de sua mensagem. Uma obra que definitivamente merece ser vista e apreciada.
3,0
Enviada em 2 de março de 2025
É legal assistir pela genialidade de Dylan, pelas suas músicas, por aquele momento em que toca a música e você pensa "como o cara é bom". Acho que soube mostrar a genialidade de Dylan(talvez não tanto da grandeza dele) e há quem ache ele arrogante, acho que o filme o transmitiu um pouco dessa forma mesmo. Mas acho que foi um filme quase de nota única, do gênio com dificuldade nas relações pessoais, e não saiu disso. Acho que as atuações elevaram o filme. Pra mim o grande destaque foi Edward Norton, quando apareceu em cena, foi brilhante.
1,0
Enviada em 1 de março de 2025
Filme fraco, sem emoção, chato demais de assistir!!! Protagonista sem graça!!! Que merda. Toda a estória é cansativa. Só personagens chatos!!
2,5
Enviada em 7 de março de 2025
Sou fã do Timothée Chalamet e por isso consegui assistir. Boa produção e interpretações dignas, mas por não curtir o gênero, não foi fácil passar pelo monte de músicas intermináveis. Para quem gosta, deve ser ótimo.
3,5
Enviada em 1 de março de 2025
Nos últimos anos, Hollywood tem explorado a fórmula das cinebiografias até o esgotamento, lançando uma sucessão de filmes que tentam condensar a trajetória inteira de uma celebridade em pouco mais de duas horas. Esse formato, muitas vezes superficial, tornou-se previsível, repetitivo e, para parte do público, cansativo. No entanto, "Um Completo Desconhecido" surge como um respiro dentro desse cenário saturado, justamente por seguir um caminho diferente. James Mangold, conhecido por sua assinatura autoral e domínio narrativo, não se rende à fórmula tradicional e opta por focar em um recorte específico da carreira de Bob Dylan, ao invés de tentar abraçar toda a sua trajetória. Essa decisão se mostra acertada, pois não só evita os clichês das cinebiografias convencionais, como também permite uma abordagem mais profunda e detalhada de um momento crucial na vida do cantor: sua controversa transição do folk para o rock.

Mangold constrói a narrativa com início, meio e fim bem definidos, mesmo ao retratar apenas um trecho da jornada de Dylan. O filme não se preocupa em criar uma biografia completa, mas sim em explorar um momento de transformação e resistência, mostrando como o cantor enfrentou resistência ao abandonar o folk tradicional em favor do som elétrico e da experimentação sonora. A obra se ancora na ideia de que Dylan não via essa mudança como uma “transição”, mas sim como uma evolução natural, e essa perspectiva dá força ao filme. Ainda assim, há momentos em que a narrativa poderia se aprofundar mais em certos aspectos da vida do cantor, especialmente em suas motivações internas e dilemas pessoais. Algumas relações, como as de Dylan com Joan Baez e Sylvie Russo, surgem na trama sem o desenvolvimento necessário para torná-las realmente impactantes. Além disso, há uma ligeira irregularidade no ritmo do longa, com algumas passagens de tempo aceleradas e momentos musicais comprimidos para abrir espaço a cenas mais dramáticas. Com um tempo de duração próximo a duas horas e meia, talvez fosse possível equilibrar melhor esses elementos para dar mais fluidez à narrativa.

Se a estrutura narrativa apresenta alguns tropeços, o elenco compensa com atuações excepcionais. "Um Completo Desconhecido" ostenta um dos melhores conjuntos de atuações desta edição do Oscar, rivalizando diretamente com "Conclave". Edward Norton brilha ao interpretar Pete Seeger, entregando uma performance equilibrada que engrandece o protagonista sem roubar os holofotes. O mesmo pode ser dito de Monica Barbaro e Elle Fanning, que aproveitam cada minuto de tela com atuações marcantes. Boyd Holbrook impressiona ao interpretar Johnny Cash de maneira quase irreconhecível, e Dan Fogler também se destaca em sua breve participação. Mas o grande destaque, como esperado, é Timothée Chalamet. Sua performance como Bob Dylan não é apenas uma imitação, mas sim uma reconstrução cuidadosa da essência do artista. Desde a maneira de andar e se expressar até a impressionante semelhança vocal, Chalamet entrega um dos melhores trabalhos de composição corporal e vocal dos últimos anos. Para alcançar esse nível de fidelidade, ele trabalhou com a mesma equipe que treinou Austin Butler para "Elvis" e passou mais de cinco anos aprendendo a tocar violão. O resultado é uma interpretação que convence e hipnotiza, elevando o filme a um outro patamar.

Além do elenco afiado, "Um Completo Desconhecido" se destaca pela sua riqueza técnica. A ambientação dos anos 60 é impecável, recriando a efervescência cultural e musical da época com precisão. As cenas musicais, apesar de algumas escolhas questionáveis na edição, são vibrantes e bem executadas. O design de produção e o figurino contribuem para a imersão, enquanto a fotografia acerta ao captar a atmosfera intimista e ao mesmo tempo grandiosa que envolve Dylan e seu universo.

No fim das contas, "Um Completo Desconhecido" se distancia da previsibilidade de tantas outras cinebiografias justamente por ter um olhar mais autoral e um foco mais específico. James Mangold prova que é possível contar a história de uma figura icônica sem precisar resumir toda a sua vida em um único filme. Apesar de algumas falhas na profundidade de certos personagens e no ritmo da narrativa, a obra se sustenta como um grande filme, que envolve e instiga o público do início ao fim. Com um elenco brilhante e um Timothée Chalamet completamente imerso no papel, "Um Completo Desconhecido" reafirma que cinebiografias podem ser fascinantes quando dirigidas por alguém que sabe exatamente o que quer contar.
2,0
Enviada em 6 de março de 2025
Sempre fico desconfiado quando vejo o lançamento de algum filme sobre a vida e obra de uma músico famoso. Quem é fã do artista pode se empolgar com a proposta, mas nunca consegui "entrar nas histórias", talvez porque quase todos os filmes exageram em endeusar o artista ou transformam ele em um imbecil. Nesse filme vi um Bob Dylan (Timothée Chalamet) alienado de tudo e de todos, sem expressão (só não foi pior do que o Batman de Robert Pattinson) e com uma vida vazia. O filme é morno, superficial e não se aprofunda em algumas questões importantes do início da carreira de Dylan. Por outro lado vimos uma interpretação brilhante de Edward Norton, no personagem Pete Seeger e uma bela ambientação dos anos 60. Acredito que quem é fã de Dylan (como no meu caso) ficará um pouco frustrado com a direção e o personagem. Ainda não foi dessa vez que acabei com a minha decepção com os cine biográficos.
4,5
Enviada em 6 de março de 2025
Adorei o filme! Só lamento que não tenha nenhuma menção ao The Band, cujos músicos foram muito importantes para a consolidação da sonoridade de Bob Dylan.
2,0
Enviada em 2 de março de 2025
Para uma biografia de um grande influenciador de uma era da música, transformações políticas profundas, o filme é arrastado em longos 2:21 ...
A ambientação é excelente, detalhes muito bem construídos, mas falta emoção.
4,5
Enviada em 25 de abril de 2025
Chalamett e a linda Elle Fanning estrelam esse ótimo filme sobre o genial Bob Dylan e fazem ótimas performances e assim o filme cresce em história e com muita boa música.
2,5
Enviada em 21 de abril de 2025
Um Completo Desconhecido (2024), dirigido por James Mangold, é uma cinebiografia que promete explorar a ascensão meteórica de Bob Dylan, interpretado por Timothée Chalamet, entre 1961 e 1965. O filme se concentra no período em que Dylan chegou a Nova York como um jovem desconhecido e se transformou em um ícone musical, culminando em sua polêmica performance elétrica no Newport Folk Festival. Apesar de uma produção tecnicamente competente e uma atuação convincente de Chalamet, o longa falha em aprofundar a complexidade do artista, resultando em uma narrativa superficial e cansativa para muitos espectadores.

O filme se propõe a retratar os anos cruciais da carreira de Dylan, desde sua chegada a Nova York até sua transição controversa para o rock elétrico. No entanto, a narrativa peca por ser excessivamente linear e pouco reflexiva. A trama se limita a uma sucessão de eventos marcantes (encontros com Woody Guthrie, relacionamentos com Suze Rotolo e Joan Baez, a gravação de Like a Rolling Stone), sem mergulhar verdadeiramente nos conflitos internos do artista.

Um dos principais problemas é a falta de desenvolvimento do protagonista. Dylan é retratado como um jovem ambicioso e talentoso, mas suas motivações e contradições são pouco exploradas. O filme não consegue captar a essência rebelde e enigmática do músico, reduzindo-o a um personagem passivo, que parece apenas reagir aos acontecimentos em vez de moldá-los .

Além disso, o roteiro falha em contextualizar adequadamente a importância cultural do folk e a ruptura que Dylan representou. A tensão entre tradição e inovação, que deveria ser o cerne do filme, é abordada de forma superficial, sem o impacto dramático necessário.

Timothée Chalamet entrega uma performance técnica impressionante, capturando os maneirismos, a voz e a postura de Dylan com notável precisão. Sua interpretação vocal é um dos pontos altos do filme, especialmente nas cenas em que ele recria performances icônicas como Blowin’ in the Wind e Like a Rolling Stone.

No entanto, a direção de Mangold parece ter limitado Chalamet a uma imitação superficial, sem permitir que o ator explore as camadas mais sombrias e contraditórias de Dylan. O personagem acaba sendo mais uma caricatura do que uma representação multifacetada.

O elenco de apoio, incluindo Elle Fanning (como Sylvie Russo, baseada em Suze Rotolo) e Monica Barbaro (como Joan Baez), cumpre seu papel, mas seus personagens são subutilizados. Baez, por exemplo, poderia ter sido uma figura central no conflito artístico e romântico de Dylan, mas sua presença no filme é reduzida a poucas cenas sem grande impacto.

O roteiro, escrito por James Mangold e Jay Cocks, baseia-se no livro Dylan Goes Electric!, de Elijah Wald. Embora a estrutura narrativa seja funcional, os diálogos frequentemente soam artificiais, como se fossem recortes de citações famosas de Dylan, sem fluidez orgânica.

Um dos maiores problemas é a falta de um arco emocional claro. Dylan começa o filme como um jovem determinado e termina como uma estrela controversa, mas sua jornada não é suficientemente desenvolvida para justificar essa transformação. As cenas de conflito, como a discussão com Pete Seeger (Edward Norton) sobre a guitarra elétrica, são eficazes, mas raras.

Além disso, o filme tenta abraçar muitos temas—amor, fama, traição artística—sem se aprofundar em nenhum deles. O resultado é uma narrativa fragmentada, que deixa o espectador com a sensação de que algo crucial ficou de fora.

A fotografia de Phedon Papamichael recria com precisão a atmosfera dos anos 1960, com tons sépia e uma paleta de cores que remete ao folk e ao rock nascente. As sequências de concertos, em particular, são bem filmadas, capturando a energia crua das performances ao vivo.

No entanto, a direção de Mangold é segura demais. O filme carece de ousadia visual, optando por um estilo convencional que não reflete a natureza disruptiva de Dylan. Comparado a Johnny & June (2005), outro trabalho biográfico de Mangold, Um Completo Desconhecido parece menos arriscado e mais comercial.

A trilha sonora é, naturalmente, um dos pontos fortes do filme. Chalamet canta todas as músicas, e sua interpretação de clássicos como The Times They Are A-Changin’ e Mr. Tambourine Man é convincente.

No entanto, o uso das canções nem sempre serve à narrativa. Em vez de integrá-las organicamente à trama, muitas vezes elas funcionam como interlúdios musicais, quebrando o ritmo do filme em vez de aprofundá-lo.

O clímax do filme—a performance elétrica no Newport Folk Festival—é bem executado, mas falta tensão dramática. A reação do público (vaia e protestos) é retratada de forma previsível, sem explorar plenamente o significado histórico do momento.

O fechamento com Dylan deixando Newport em sua motocicleta é simbólico, mas anticlimático. O filme não consegue transmitir a magnitude daquela ruptura, deixando o espectador com a sensação de que faltou algo mais impactante.

Um Completo Desconhecido é um filme competente, mas que não cumpre todo o seu potencial. Timothée Chalamet entrega uma atuação técnica impressionante, mas o roteiro não lhe dá material suficiente para explorar a complexidade de Dylan. A direção de Mangold é segura, mas falta ousadia visual e narrativa.

No fim, o filme acaba sendo mais uma homenagem superficial do que uma análise profunda de um dos artistas mais enigmáticos do século XX. Para fãs de Dylan, há momentos gratificantes, mas para o público geral, pode ser uma experiência cansativa e pouco satisfatória.
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