Uma Noite em Miami: Recentes críticas

Filme interessante por mostrar de forma clara o racismo vó pano de fundo. A boa interpretação dos atores mostra a realidade do racismo americano, o que nós ajuda a entender como combatê-lo.

Regina King dirige bem essa obra que poderia ser mais uma sobre racismo, mas não, aqui temos um bom exemplar, com um elenco ótimo, com destaque para o indicado Leslie Odom Jr que dar um show e talvez até merecesse mais sorte no óscar. Muito bom mesmo.

Minha opinião:

Já deixo claro que o filme é ficção, o encontro dessas 4 personalidades famosas e dificeis, jamais aconteceu.

Muhammad Ali era aquilo mesmo em frente das câmeras, se era assim me casa e com os amigos, eu não sei. Se era, parabéns para quem aguentava um cara tão chato e narcisista. Sem dúvidas, foi um dos melhores pugilistas da história, talvez o esportista negro que mais lutou contra o racismo.

Malcom X, é uma figura polêmica que acreditava na mudança através da violência, eu particularmente não gosto dele. Acredito que 98% dos rappers brasileiros amam e os outros 2% não o conhecem.

Jim Brown, nunca tinha ouvido falar. Não conheço e não assisto futebol americano. Pesquisei e descobri que foi o melhor ou um dos melhores jogadores desse esporte.

Sam Cooke, eu adoro. Recomendo um documentário sobre ele disponível na netflix.

Um cantor magistral, um dos melhores de todos os tempos, um compositor sensacional.

A música que ele canta no final é emocionante e super importante na época. Foi alguém corajoso, que tentou mudar as coisas e por isso foi assassinado.

Malcom x também foi assassinado.

Os outros dois tiveram vidas particulares polêmicas.

Vale como curiosidade , de como seria um encontro deles.

O longa metragem é basicamente isso, a conversa entre os quatro e por isso o trabalho dos atores é fundamental. Todos realizam um bom trabalho, só que não dignos de um Oscar ou outra premiação.

De todos, o melhor é Kingsley Ben-adir( Malcom X).

Está sendo um sucesso de público e crítica, devido aos recentes fatos ocorridos nos Estados Unidos.

Infelizmente em pleno século 21, a América continua racista.

Disponível na Amazon Prime.

Um filme de dialogo, para se contemplar a história/ conteúdo apresentado.
Um recorte, um aperitivo da real importância dos formadores de opiniões, aqueles que se comunicam com multidões.
Tem um ótimo começo, uma levada que se torna morosa em alguns momentos (vale lembrar que faz parte da proposta do filme) porem, com um final arrebatador.
Admirável

A principal discussão do filme parece girar em torno de Malcolm X e seu ativismo, e como isso influencia os outros personagens. Todos os personagens são grandes nomes americanos, mas, mesmo assim, sofrem com o racismo. Cada um à sua maneira.

Naquele quarto de hotel todos são confrontados. Suas escolhas e o modo como vivem a vida em meio ao racismo existente na sociedade são postos à mesa. É sempre Malcolm que mais questiona e confronta, é como se ele quisesse transmitir suas ideias para seus amigos com o objetivo de eles continuarem sua luta. Isso fica um pouco mais claro pelo fato dele estar sendo seguido.

A noite naquele quarto de hotel junto a Malcolm parece ter feito com que cada um dos três outros personagens mudasse os rumos de suas vidas. Todas as questões e provocações levantadas pelos quatro ajudaram eles a praticarem as suas próprias revoluções. Cassius se tornou Muhammad Ali, um dos maiores boxeadores de todos os tempos; Sam é considerado o pai do Soul e um dos mais importantes cantores da história; Jim foi um grande jogador da NFL e fez carreira no cinema.

O filme fica um pouco cansativo por causa dos longos diálogos. Quase não há tempo para quem assiste descansar. Além disso, as atuações ficam muito teatrais, mas isso não interfere completamente na imersão.

Primeiramente, a parte negativa que tenho visto nesse e em muitos filmes recentes é a quantidade de referências que tem no filme. Óbvio que pra começar a ver esse filme você tem que ter uma noção de quem são os personagens, mas às vezes o roteiro poderia pensar um pouco mais em quem quer conhecer mais sobre esses nomes do que em quem já os conhece.
Fora isso o roteiro foi muito bem elaborado, me surpreendeu positivamente até. Quatros dos maiores homens negros de uma geração mostrando como combatem o racismo, cada um com sua visão(alguns mais moderados, outros mais radicais), o que os faz entrar em conflitos. O mais importante é que a escrita das falas é tão bem feita, que faz com que consigamos entender a visão dos quatro.

Um filme ótimo, demonstrado por perspectivas diferentes com que negros reagem ao racismo.Regina king conduz filme de forma brilhante que fazer ele passa tão rápido .

Baseado na peça teatral homônima escrita por Kemp Powers (autor também do roteiro da adaptação cinematográfica), o filme "Uma Noite em Miami", que marca a estreia da atriz Regina King como diretora, nem parece uma adaptação teatral. Sua trama é muito dinâmica e se passa na noite do dia 25 de fevereiro de 1964, momentos após a consagração de Cassius Clay (Eli Goree), como campeão mundial de boxe, no Miami Beach Convention Center.

Nos eventos que iremos acompanhar, com a desculpa de comemorar o triunfo de Clay, se reunirão, num quarto de hotel, além do boxeador, o ativista e líder do Nacionalismo Negro, Malcolm X (Kingsley Ben-Adir, ótimo): o cantor e compositor Sam Cooke (Leslie Odom Jr., excelente); e o jogador de futebol americano e ator Jim Brown (Aldis Hodge). Em comum entre os quatro o fato de todos serem negros e figuras proeminentes - ou em ascensão - nos seus respectivos campos de atuação.

"Uma Noite em Miami" se passa num momento histórico da luta negra, principalmente, a que era travada pelo Movimento dos Direitos Civis. Embora não fosse do mesmo grupo de outra liderança proeminante da época (Martin Luther King), Malcolm X, que era integrante da Nação do Islã, era um defensor dos direitos dos negros e um trabalhador fervoroso pela conscientização dos afro-americanos sobre os crimes que eram cometidos contra eles.

No encontro imaginário que acontece entre os quatro personagens de "Uma Noite em Miami", assistimos a um debate interessante, principalmente no trabalho de convencimento que é feito por Malcolm X sobre o uso da celebridade para chamar a atenção a causas justas. O que o líder da Nação do Islã deseja dos seus colegas é algo simples: o posicionamento sobre o que realmente importa - a questão da segregação racial, que ainda era uma constante no sul dos Estados Unidos.

Por isso mesmo, o que "Uma Noite em Miami" nos recorda é de que, na luta pela causa do movimento negro, pessoas brigaram por isso no passado, conseguindo alguns avanços; mas que a batalha ainda é árdua e permanece ativa. Não podemos - e, mesmo eu não sendo negra, me incluo nessa batalha, pois acredito que ela é de todos nós - abaixar a guarda. A mudança à qual Sam Cooke faz referência na letra de "A Change is Gonna Come", música que encerra o filme, ainda não chegou!