“A única coisa mais perigosa do que uma pessoa que não pode obter o que quer, é uma pessoa que obtém qualquer coisa que quiser”. Essa frase define bem a premissa do longa-metragem O Quarto dos Desejos (The Room).
Matt e Kate mudam-se para uma nova casa e descobrem que um dos quartos atendem todos os seus desejos. Isso acontece de uma maneira mística e que o filme não explica — o que não podemos dizer se isso é bom ou ruim, mas apenas que o longa tomou a liberdade poética de não esclarecer. Um dos desejos antigos de Kate é ter um filho e, adivinha? Ela pede para o quarto.
O restante da obra se desenrola em Matt desconfiando do menino e querendo livrar-se dele. No entanto, as coisas acontecem de maneira muito confusa, mal explicada e cheia de furos. Erros de sequência em filmes são raramente perceptíveis pelo espectador, mas neste longa me peguei algumas vezes vendo cenas não encaixando de forma natural nas seguintes.
Temos um filme com uma premissa legal, mas que se perdeu nas ideias, com muita coisa mal explicada, diálogos rasos e personagens esquecíveis. O ponto positivo é o final aberto que dá margem para criar algumas interpretações e teorias.