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    Berlin Alexanderplatz
    Média
    3,3
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    3,0
    Enviada em 25 de fevereiro de 2021
    (Insta: @cinemacrica): O longa discorre sobre a jornada de inserção social de um imigrante africano na capital alemã. Como se é de esperar, o processo é doloroso. A perspectiva bifocal recai sobre a investida do protagonista em gerar sustento e seus desbravamentos amorosos. A primeira porção traz consigo a exposição dos vícios, a segunda busca resgatar a ternura.
    Esse é o jogo perseguido pelo diretor Burhan Qurbani. A ponderação do bem e do mal é ainda mais explicitada por metáforas paralelas onde Francis, o imigrante, depara-se com a possibilidade de desferir um golpe de facão num boi. O plano de fundo das cenas que compõem essa metáfora da agressão iminente é preenchido por uma cruz cristã em cores neon. Aliás, o filme destaca-se pela bela fotografia que não só explora bem esses recursos diferenciados de iluminação, como resgata com precisão a atmosfera alternativa de Berlim.
    Em contrapartida, a pendulação entre o bem e o mal não tem o mesmo êxito. É compreensível que o início da jornada seja demarcado pela não miscibilidade da vivência prévia de Francis e a cultura de uma capital europeia, mas isso não pode ser argumento para erguer um personagem absolutamente inocente e volúvel a qualquer estímulo. Pior que isso, um personagem que irritantemente não evolui com as adversidades doutrinadoras. Francis é alvo do aprendizado pela dor, sobretudo nas interações com o traficante com quem mais se relaciona, mas há um peso demasiado na ausência de malícia de senso crítico. O sujeito, mesmo sendo um imigrante, é um ser humano, não uma objetificação da incapacidade de discernir.
    Pode-se argumentar que o foco seja o de expor a fragilidade de um corpo estranho. Mas, ao aceitar a extensão 180 minutos, seria possível, ou evoluir essa pureza incompreensível, ou encurtar os episódios já que não há muitos pontos a serem provados.
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