A história de Richard Montañez é um exemplar típico do tão falado “sonho americano”. De origem latina, ele começou a trabalhar desde cedo (em uma trajetória errante, diga-se de passagem, com episódios dentro da criminalidade) até que encontrou uma certa estabilidade como zelador da Frito-Lay, empresa do conglomerado PEPSICO que fabrica salgadinhos de milho, batatas fritas, Doritos, dentre outros.
A diferença entre Richard Montañez (Jesse Garcia) e seus colegas de trabalho é que ele era alguém visionário e corajoso. Na esteira da crise econômica do governo Reagan, preocupado com a manutenção de seu emprego (a fábrica na qual ele trabalhava estava ameaçada de fechamento), ele tem a ideia de criar uma variação do Cheetos que dialogasse diretamente com a cultura e com a culinária mexicanas.
A versão Cheetos Flamin’ Hot foi um verdadeiro sucesso, transformando, não só, a realidade da Frito-Lay, como também a de Richard Montañez, seus colegas e, principalmente, sua família. A trajetória de Montañez do menino que trabalhava na vinícola até o bem-sucedido Diretor de Marketing Multicultural da PEPSICO nos é contada em “Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História”.
Surpreendentemente dirigido pela atriz Eva Longoria (conhecida pela série “Desperate Housewives”), “Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História” chama a atenção por contar a sua história de forma leve, divertida e, em certos pontos, exagerada. Ajuda muito também o fato dela ter escalado atores muito carismáticos e que entenderam justamente o tom que o filme deseja passar.