A origem deste projeto permitia criar as melhores expectativas. Primeiro, pelo diretor, André Téchiné, um veterano que sempre prestou muita atenção a questões sociais, étnicas e de sexualidade. Segundo, pelo elenco impressionante, incluindo Catherine Deneuve, Jacques Nolot e o jovem Kacey Mottet Klein (o astro de Home e Minha Irmã). Além disso, a ideia de debater abertamente as origens do totalitarismo na França, um dos países europeus mais afetados por atos de terrorismo, seria uma iniciativa tão delicada quanto louvável.O roteiro, a princípio, transmite o cuidado com o tema. Deneuve interpreta Muriel, mulher francesa que viveu muitos anos na Argélia e se casou com um habitante local – ou seja, partimos de um olhar empático à cultura árabe. Ela não possui qualquer religião, porém enxerga com respeito a notícia de que o neto Alex (Mottet Klein) se converteu ao islamismo. Os diálogos são
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