Orfeu do Carnaval: Críticas

O Frances Marcel Camus dirige essa perola filmada no Brasil, falado em Português, com um elenco Brasileiro. Vencedor do óscar de melhor filme Estrangeiro e entregue a França, fato que até hoje ninguém entende. Grande filme.

Vendo daqui de 2019, pouco consigo me identificar com o Brasil mostrado no filme, seja no dialeto das pessoas ou em suas atitudes. Tudo parece muito exagerado e falso. O carnaval é simplório e os elementos da cultura negra brasileira são explorados de maneira superficial e caricata.
Em aspectos técnicos, o filme tem duas faces. Por um lado, a mise en scene precisa acompanha uma bela fotografia que sutilmente enaltece as cores do Brasil e as belezas do Rio de Janeiro. Mas ao mesmo tempo, tudo que envolve audio é desastroso, desde a falha mixagem até a terrível dublagem dos atores.
A sensação que fica é que o filme foi bem recebido por inserir o conto grego em uma cultura exótica, mas que pouco representa nosso país, servindo apenas como pano de fundo.

Dirigido por Marcel Camus e com roteiro adaptado por Camus e Jacques Viot em 1959, filme ítalo-franco-brasileiro. Primeira versão cinematográfica da peça, Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes, Orfeu Negro transpõe o mito grego de Orfeu e Eurípedes, (aqui Breno Mello e Marpessa Dawn) uma trágica e bela história de amor, para os morros do Rio de Janeiro, durante o carnaval. Consagrado no mundo inteiro, tendo recebido muitos prêmios, incluindo a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Filme Estrangeiro em 1960 (representando a França). Um dos marcos fundadores da bossa nova, trazendo músicas clássicas do gênero, assinadas por Tom Jobim, Vinicius, Luiz Bonfá e Antonio Maria, como “A Felicidade”, “Manhã de Carnaval” e “O Nosso Amor”. Filme obrigatório de ser apreciado por qualquer cinéfilo de bom gosto. Raridade, marco do cinema nacional.