Um casal japonês desencantado. Um lutador lituano que trabalha no Japão e se sente como um estranho lá. Um arquiteto iraniano que vagueia pelas ruas de Tóquio. Durante uma viagem de verão no Japão, essas quatro pessoas diferentes acabarão se unindo pela solidão compartilhada por eles.
Classificação indicativa a definir por http://www.culturadigital.br/classind
Críticas AdoroCinema
3,5
Bom
Greater Things
Os corpos no espaço
por Bruno Carmelo
Demora um tempo para se perceber quem são os personagens principais e qual é o conflito no centro de Greater Things. Durante quinze minutos, temos uma sucessão de imagens hipnóticas sobre corpos deslocados no espaço urbano, muito bem representados pela cena inicial de uma bailarina dançando sofre um fundo preto. Um segundo depois, a câmera dá um passo atrás e descobrimos que esta imagem vem uma televisão. De repente, a distância, a moldura do aparelho de TV e o som das caixas tornam a mesma dança de antes menos nítida, com som abafado. “O espaço transforma a percepção das coisas”, parece avisar o diretor Vahid Hakimzadeh como chave de leitura para a obra inteira.
Aos poucos, algumas figuras humanas se repetem entre as imagens desprovidas de diálogos, e começamos a distinguir personagens recorrentes. Um casal se evita nos vários cômodos de um apartamento de paredes transparentes, um lutad
Este é um filme que possui poucos diálogos, o que o torna o mais cinematográfico possível. Isso quer dizer que o que vemos e o que ouvimos consegue passar a mensagem. E muitas vezes a mensagem é formada pelo que não vemos e não ouvimos.
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