Michael Haneke é, sem sombra de dúvidas, um dos diretores mais secos e cruéis da atualidade. Não em relação a provocar violência gráfica, através de muito sangue, mas ao construir situações cotidianas de forte impacto emocional - assim foram Amor, A Professora de Piano, A Fita Branca e tantos outros. Após cinco anos de ausência das telonas, o veterano diretor austríaco está de volta com Happy End. Quem conhece sua carreira, sabe bem que o título não pode ser traduzido ao pé da letra, já que o tal final feliz é sempre sob a ótica perversa do diretor.
Neste longa-metragem, é claro, não é diferente. Só que este é um Haneke preguiçoso, que repete situações já vistas em filmes anteriores. A sequência de abertura, por exemplo, é extremamente parecida com a de Caché e o próprio desfecho de Amor é mencionado no decorrer da narrativa - não o filme, o que acontece. Ainda assim, o longa demonstra f
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