Ao longo da carreira, Todd Haynes já demonstrou ser um diretor inquieto - que o digam Velvet Goldmine e Não Estou Lá, dois de seus filmes mais arriscados. Por mais que seu novo trabalho, Sem Fôlego, aparentemente traga uma roupagem tradicional devido ao tom de fábula infantil, na verdade ele traz uma profunda reinvenção do livro no qual foi baseado, de forma não apenas a prestar uma grande homenagem ao cinema mas também esmiuçar uma linguagem cinematográfica com pouquíssimos diálogos. O resultado, em sua metade inicial, é brilhante.
A história acompanha duas realidades em paralelo: em 1977, o jovem Ben (Oakes Fegley) subitamente é atingido pelo reflexo de um raio, que caiu em sua casa. Em 1927, uma garota (Millicent Simmonds) foge de casa para encontrar sua mãe, uma atriz consagrada. Ambos nada ouvem: ela de nascença, ele devido ao acidente. É a deixa para que Haynes estabeleça uma nar
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