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    Café na Cama
    Café na Cama
    24 de abril de 1974 No cinema | 1h 38min | Comédia, Drama, Erótico
    Direção: Alberto Pieralisi
    |
    Roteiro Alberto Pieralisi, Marcos Rey
    Elenco: Marta Moyano, Agildo Ribeiro, Rubens de Falco
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    Sinopse

    Não recomendado para menos de 18 anos

    Norma (Marta Moyano) é uma jovem suburbana que acabou de perder o pai e é obrigada a arranjar um emprego para ajudar a sustentar a mãe e a irmã. Com sua beleza, ela logo consegue um emprego e chama a atenção do chefe, que se oferece para transformá-la em modelo. Por estar sempre sonhando com o luxo e a riqueza, Norma decide largar o namorado pobre, o mecânico Geraldo (Agildo Ribeiro), para aceitar ser amante de seu chefe. No entanto, o caso não dá certo e ela passa a trabalhar em uma casa que promove encontros de belas moças com velhos ricos carentes. Lá, Norma conhece Flávio (Rubens de Falco), um simpático pilantra que irá se aproveitar de sua beleza para promover a venda de ações de pouco valor no mercado a investidores desavisados.

    Elenco

    Marta Moyano
    Personagem : Norma
    Agildo Ribeiro
    Personagem : Geraldo
    Rubens de Falco
    Personagem : Flávio
    Neuza Amaral
    Personagem : Zulma

    Fotos

    Detalhes técnicos

    Nacionalidade Brasil
    Distribuidor U.C.B.
    Ano de produção 1973
    Tipo de filme longa-metragem
    Curiosidades -
    Orçamento -
    Idiomas Português
    Formato de produção -
    Cor Colorido
    Formato de áudio -
    Formato de projeção -
    Número Visa -

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    Comentários

    • Andries Viljoen
      Se os livros do escritor Marcos Rey ainda hoje são lembrados com carinho por gerações de leitores, o mesmo não se pode dizer de Alberto Pieralisi, o genial adaptador das obras de Rey para o cinema. Em muitos casos, adaptar uma obra literária para 35 mm parece tarefa difícil – a ponto de se rogar a velha máxima de que “bons livros não dão bons filmes”. Mas quando assistimos à meia dúzia de grandes filmes que Pieralisi fez em cima dos grandes livros de Marcos Rey, com certeza anulamos este preconceito tolo.Falar da bem-sucedida parceria com o escritor paulistano é apenas ponto de partida para trazermos Alberto Pieralisi ao presente. Homem de cinema imigrado da Itália para o Brasil nos anos 40, ex-combatente e documentarista da guerra da Eritréia, Pieralisi nasceu em 1911 em Roma e morreu em 2001, no Rio de Janeiro. Tendo abandonado o cinema ainda nos anos 70, seus últimos anos de atividade foram de uma criatividade fora do comum, dirigindo entre 1970 e 1978 cerca de 15 filmes – ora por sua produtora, ora atuando como diretor contratado da Magnus Filmes ou da Vidya.“Café na Cama” (1973) é resultado típico da grife Alberto Pieralisi. Livremente adaptado do romance homônimo, o veterano diretor trabalhou com um livro dificílimo, cheio de idas e vindas, onde a riqueza de situações criadas por Marcos Rey deve ter sido mais empecilho do que propriamente dádiva.Subdividido em três partes extensas, o livro faz a personagem principal mudar de nome em cada uma delas e, sob pena de fazer um filme hermético demais, a adaptação ignora este recurso literário, contando linearmente a vida de Norma (Marta Moyano), jovem de origem pobre que almeja subir na vida e, por conta disso, mergulha na prostituição.Norma é noiva de Geraldo (Agildo Ribeiro), mecânico esforçado, que sonha colocar seu carro para correr na Fórmula 1. O tempo todo Geraldo é tratado como um pária, um sem-razão, em contraponto ao pragmatismo existencial de Norma, que após ser deflorada em uma festa, começa a bater ponto na casa da cafetina Zulmira.Norma, tanto no livro quanto no filme, é uma histérica que à princípio repele sua sexualidade com nojo, para em seguida entregá-la por muito pouco. Fica claro que teremos um final feliz e que, como estamos falando de um texto de Marcos Rey, antes esbarraremos com algumas viradas surpreendentes.Enquanto pula de cama em cama e fere a masculinidade de Geraldo, Norma afasta-se de qualquer escrúpulo moral e amor-próprio. Por outro lado, o quixotesco rapaz de 29 anos (“Eu já estou na idade de casar!”, vive repetindo), inscreve seu carro na corrida de Interlagos e graças ao mecânico Branca de Neve (Tião Macalé, dublado), o destino de todos muda para a melhor.Um dos maiores e mais injustiçados atores brasileiros, Agildo Ribeiro joga a emoção da assistência para onde deseja. Graças à sua atuação, a trama original aos poucos desfaz-se, e do plot ingênuo-sensacionalista da transformação moral de Norma, quase temos a trajetória opressiva do “rapaz pobre e obstinado que precisa salvar o grande amor de sua vida”.Esquecemos de quase tudo para torcer por Agildo, que a despeito de ter seu nome associado ao humorismo (e a convivência com o Topo Gigio), foi em papéis como este, repleto de melancolia, que alcançou o ápice como artista, lembrando uma espécie de Jean-Pierre Léaud no princípio da maturidade.Com a fotografia atraente de Antônio Gonçalves, a plástica bonitinha de Marta Moyano, uma ponta de Celso Faria como tio da moça e o universo ficcional de um dos maiores escritores brasileiros, “Café na Cama” nos remete muito às comédias eróticas da terra natal do diretor, fazendo a ponte entre a Fontana di Trevi e a Praia de Copacabana. Uma pena que, depois de lançado em Vhs pela VTI Vídeo em 1983 (!), nunca mais se soube de qualquer notícia do filme.
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