Bem no estilo de cinema denúncia a produção tentou retratar a experiência da famosa Colônia Dignidade, uma vila construída para centenas de pessoas e suas famílias que viviam sob o jugo de um líder religioso completamente louco, mas que inventou um procedimento único de lavagem cerebral. Acreditando ser um enviado de Deus o louco dominava as pessoas instituindo o pavor, praticando assassinatos e uma forte dominação espiritual, tal qual o que ocorria nos campos de concentração e campos de extermínio de judeus pelos nazistas alemães. A história, toda baseada em fatos reais, mostra um casal que, com muita sorte e sacrifício, conseguiu, fugir da colônia e divulgar na mídia as fotos de torturas que eram realizadas, em plena era do regime autoritário do Ditador Augusto Pinochet, no Chile. A Colônia se manteve por mais de 40 anos com apoio do Estado chileno, uma loucura completa que é retratada de maneira bem amadora pelo diretor iniciante, que tinha mais experiência com a realização de curtas metragens. Direção conturbada, com sequencias pouco compreensíveis mas que se salva pela força da realidade retratada.