O tema sobre a extinção da raça humana pelas mãos dela mesma é um assunto curioso e importante. Já se extinguiram 5 espécies e seríamos a sexta a ficar na história (se ela ainda existir). Ao invés de se preocupar com isso, continuamos a explorar, a abusar e desrespeitar o meio ambiente. Escrever sobre tal assunto e ainda jogar certo suspense nele, terrorismo, perseguições e "chamar" o professor Robert Langdon para salvar o dia, tal estória tem muito o que render, certo? NA teoria.....
E não é que o diretor Ron Howard tomou gosto pelas obras literárias do escritor Dan Brown (ou apenas lá atrás assinou um contrato por três filmes) que da mesma forma que os anteriores, possui o mesmo nome do livro (lançado em 2013) nesta nova adaptação trazendo pela terceira vez o ator Tom Hanks na pele do nosso querido professor Langdon. Mas, teria o professor e suas aventuras, após tantas charadas desvendadas, cair na maldição do "terceiro ato"? É.....caiu. Não sei, mas assim como ANJOS E DEMÔNIOS (2009) foi inferior ao O CÓDIGO DA VINCI (2006), este é de longe o pior das sequências. Não que seja impossível de se ver, até porque mais uma vez a trajetória de nosso protagonista nos prende a atenção, mas creio que agora é pela carisma que temos com o personagem, uma vez que a trama é beeeeem mais fraca (no filme, não li o livro.....novidade!), não tem mais a curiosidade do lado negro da Religião (.....platéia ao fundo dizendo "aaaaah".....), foca em bio-terrorismo (o que não é ruim), "temos um affair" desnecessário e correria a lá tartaruga manca. ME pareceu que Howard foi ficando mais preguiçoso ao levar para as telonas as histórias de sucesso de Brown e assim, o que poderia ser supimpa, é apenas uma película legal de se assistir. Se no segundo trabalho já foi meio previsível, aqui se consegue perceber toda as reviravoltas que ocorrem. Uma pena. O roteiro também possui falhas em sua continuidade, em seu script, possui diálogos meia boca e forçados como igualmente as situações em que se desenrola (poxa, Langdon estava na Itália e podia muito bem cobrar uns favores no Vaticano, certo? Ah, ele esqueceu.....preste atenção sobre o ocorrido que você me dará razão!)
O visual está bem melhor (também, a cada hora se aperfeiçoa a tecnologia) e continua nos entregando belas paisagens (agora da Itália e Turquia). A Trilha Sonora continua boa (la está ele de novo, Hans Zimmer).
No elenco, ninguém se destacou, nem mesmo Hanks.....
O problema está na narrativa, podendo se tornar meio confusa e não foi muito bem produzida. Justo quando o escritor quis tirar seu personagem das holofotes sagrados e envolvê-lo em temas atuais, o cineasta não soube levar a sério. Mas, a série que já conquistou fãs mundo afora pelo professor Robert Langdon, ainda deve render alguns milhares de dólares pela empatia, ainda mais mantendo Tom Hanks no papel do mesmo, que desde FORREST GUMP - O CONTADOR DE HISTÓRIAS (1994), continua a correr e a correr...