Média
2,9
247 notas
Você assistiu Reza a Lenda ?
4,0
Enviada em 30 de janeiro de 2016
Faroeste moderno do sertão 

Sim, eu fui assistir a um filme brasileiro no cinema em meio a uma enxurrada de boas indicações para o Oscar 2016. E sim, eu não me arrependi nem um pouco. Pelas chamadas na TV e pelo trailer, eu já sabia que o filme "Reza a Lenda" seria diferente de toda essa sucata nacional, de drama sem graça a comédia falastrona, que surge por aí. Mas chegar à sessão e ver, já na primeira cena, um take de ação delirante, com direito a perseguição policial em alta velocidade a motoqueiros bandidos do sertão, com cortes perfeitos numa exímia montagem, sem nenhum amadorismo, e que vai culminar num acidente daqueles que te deixa com os olhos arregalados, é algo que já valeu a pena e que você nunca viu no cinema brasileiro.

O filme do diretor estreante Homero Olivetto é assim: um verdadeiro filme de ação, cuja comparação com blockbusters de enormes orçamentos já até surgiram - falaram até que é um "Mad Max" nordestino. Também não é pra tanto... Só demos aquela abrasileirada, certeira, eu diria. A caatinga e o sertão, amplamente retratados em nossos filmes, agora são cenários de um faroeste do cangaço, onde até o "fim do mundo", nas palavras de um dos personagens, precisa de uma solução. E é por meio da fé, e da crença a uma lenda do sertão, que a bandidagem de anti-heróis tenta chegar a esse desfecho.

Explicando o roteiro: a trama gira em torno de uma santa de ouro que, segundo uma tal lenda, faz milagres. Um grupo de bandidos motoqueiros, liderados por Ara (Cauã Reymond), rouba a santa - que pertence ao cruel fazendeiro Tenório (Humberto Martins) e é exposta por ele num morro com entrada paga - e a leva para uma capela no meio da caatinga, onde eles acreditam piamente que aquele ato vai trazer a tão esperada chuva pro sertão. Ara tem que lidar com uma refém, Laura (Luisa Arraes), com o ciúme doentio de sua mulher cabra macho, Severina (Sophie Charlotte), e com os capangas do poderoso sertanejo, que vão em busca da santa. Numa narrativa cheia de nuances e que seguram sua atenção pelas tramas entrelaçadas, as cenas de ação pipocam na telona, somadas a uma trilha que vai desde as batidas pesadas do rock e hip hop até o som característico das sanfonas nordestinas.

Você viu que só falei coisa boa do filme, né? E se aprofundarmos ainda mais na tradição do nosso povo, a produção fica ainda mais interessante. Uma população sofrida que quer o mínimo - a água - e não tem onde recorrer, senão aos céus, só lhe resta a fé. É tanta dor que, em certo momento, o personagem de Cauã diz: "Deus não castiga sem motivo. A gente sofre é por alguma razão". Parece que eles sentem e aceitam a arbitrariedade divina, porém, buscam remediar à maneira deles. Justiceiros velozes podem, sim, tentar trazer a esperança de volta para o povo. "Se é na fé que mora a força do homem, e apenas os fortes têm fé, só os corações grossos vão sobreviver".
4,0
Enviada em 5 de setembro de 2017
'Reza a Lenda' é eficaz na proposta de entregar um filme comercial de ação. A cena de abertura já vale o ingresso pela qualidade técnica com que foi pensada e produzida e as cenas seguintes não se limitam ao superá-la, seja com perseguições entre motos e carros na estrada, seja entre duelos que remetem ao faroeste, até mesmo à uma chuva de tiros que parece ter saído de uma história em quadrinhos para iluminar a tela. O filme tem força para conquistar um público pop que está cansado da mesmice do cinema brasileiro e tem a mente aberta para o que é novo, inventivo e competente. Mas também veio para provar para os mais céticos que, mesmo com seus defeitos, reza a lenda que brasileiro também sabe fazer cinema de qualidade, sem perder para nenhum gringo dessa indústria tão voraz quanto o sertão nordestino.

Sobre um novo sol nascendo sobre o cinema nacional:

“Eu acredito na Santa e no seu milagre."
4,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Esse filme é um faroeste brasileiro, e não "o Mad Max brasileiro", como queria seu idealizador, o diretor Homero Olivetto. Ancorado em uma lenda onde uma santa, se colocada no lugar correto, faria chover na desértica caatinga nordestina, a história de Ara (Cauã Reymond) e sua gangue contra o coronel/político Tenório (Humberto Martins) é montada em cima de um filme lento e arrastado que se cobre de clichês nacionais -- como mulheres em cenas de nudez e sexo, e uma donzela em perigo sem ter muito a oferecer.
4,0
Enviada em 5 de setembro de 2017
Para um Tupiniquim ele surpreende, mas a história é meio arrastada, porém a mistura de vários elementos, o cenário a mensagem do filme e as atuações o tornam uma experiência diferente, intrigante e que causam um estranhamento. Recomendo
4,5
Enviada em 5 de setembro de 2017
Excelente filme. Surpreendente. Bruto e de poucas palavras, mas com enredo, originalidade e impacto. Indicaria a qualquer um sem medo.
Jeyson S.

1 crítica

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4,0
Enviada em 16 de janeiro de 2016
vai que seja bom, estou na espectativa de que esse filme seja bom, porque os filmes brasileiros são horríveis, que esse mude minha opinião
4,0
Enviada em 24 de janeiro de 2016
O filme tem uma ótima fotografia e edição de imagens, boa trilha sonora e bom elenco. O desenrolar da trama segue um ritmo típico do agreste nordestino - lento, seco e arrastado. Gostei e recomendo.
Wagner S.

1 crítica

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4,0
Enviada em 4 de fevereiro de 2016
Muito bom o filme, fotografia e sonoplastia top .
Bons atores e uma estória que nos evolve. Vários questionamentos e conflitos internos
Vitor M.

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4,0
Enviada em 21 de janeiro de 2016
Respeito a opinião do site "adorocinema",mas gostei muito do filme "reza a lenda",ação e suspense o tempo todo,o filme pode não ser lá uma grande produção,mas achei legal a história e a grande atuação de Cauã Reymond.Eu recomendo!!!
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