O enredo se inicia com a jovem violoncelista(bem interpretada pela talentosa Chloë Moretz), até então com uma vida feliz, uma família divertida, um namorado amoroso e apaixonado e uma paixão por música, mas, um acidente de carro muda tudo isso por completo, ao saber que se por acaso acordar estará órfã, ela terá que decidir se deixará o que lhe sobrou ou ficará para tentar reconstruir sua vida. Um enredo à princípio interessante, o filme peca em alguns pontos e chega a entediar em certos momentos.
Baseado no best-seller de Gayle Forman, If I Stay(no original) é um drama adolescente que assim como o livro, não deveria apelar para clichês, mas, não é bem assim que acontece. A trama que se desenrola mesclando o passado e o presente se deixa levar pelo clichê, com uma menção à ridícula "luz no fim do túnel" que a personagem precisa se afastar para sobreviver. Outra falha evidente é na mesclagem dos tempos, que no início era pra ser uma boa ideia mas que não foi bem aproveitada, as cenas de mesclagem poderiam ter sido melhor escolhidas e organizadas e é onde acontecem as partes tediosas do filme. Apesar de certas falhas, o roteiro não é em sua estrutura ruim, Shauna Cross consegue levar a história de forma regular, com cenas de humor bem boladas(principalmente com a dos pais de Mia), mas, assim como R.J Cutler(diretor), não consegue segurar e convencer com alguns personagens da história.
O problema com convencimento de personagens não é apenas do roteiro, tomando os exemplos de Jamie Blackley(Adam) e Liana Liberato(Kim), no caso de Blackley, ele convence como o rockeiro cantor e guitarrista, mas não convence como o Adam fora dos palcos, até tem suas cenas boas, como as de declarações de amor entre os dois. Já no caso de Liberato, acontecem de algumas cenas de humor envolvendo sua personagem, mas apenas isso não é suficiente pra salientar o valor da amizade entre Mia e Kim, deixa a desejar.
Já Chloë Moretz está em um dos melhores papéis de sua carreira, não decepciona interpretando Mia, da o medo, a insegurança, a alegria e a dor da personagem nos diversos momentos, sem dúvida o ponto mais positivo do filme.
Outro ponto positivo está na trilha sonora, as músicas da banda de Adam e outras que são cantadas por Blackley durante o filme são originais e bem escritas. A trilha sonora escolhida por fora também não decepciona, faixas bem escolhidas e tocadas no momento certo, até as de música clássica que poderiam entediar alguns, não chegam a causar esse efeito.
Por fim, o longa é até uma diversão para jovens e até adultos. Chega até a ser um bom filme, mas, é triste ver a quantidade de falhas.