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    Flores Raras
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    4,1
    247 notas
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    39 Críticas do usuário

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    Amelia S.
    Amelia S.

    2 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de agosto de 2013
    Estava aguardando com muita curiosidade e muito animada para ver Flores Raras,porém,para minha tristeza o filme não está passando em Campo Grande,bairro da Zona Oeste do Rio. Temos 12(doze)cinemas(somando as salas dos dois Shoppings)e em nenhuma das salas está passando Flores Raras Que decepção !!!!! Gostaria muito que ajudassem nosso bairro e colocassem Flores Raras em obrigada. Amelia S. Pedreira.
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.109 seguidores 781 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 23 de agosto de 2013
    “No teu cabelo negro brilham estrelas cadentes, arredias. Para onde irão elas tão cedo, resolutas? – Vem, deixa eu lavá-lo, aqui nesta bacia amassada e brilhante como a lua”. Este é um trecho do poema “O Banho de Xampu”, escrito por Elizabeth Bishop, norte-americana que é considerada uma das mais importantes poetisas do século XX. A cena que retrata o momento de inspiração deste poema é de uma intimidade absoluta e um dos momentos mais marcantes de um filme repleto de sutileza e sensibilidade: “Flores Raras”, de Bruno Barreto.

    O filme se passa na década de 50, quando Elizabeth Bishop (Miranda Otto, conhecida pelo papel como Eowyn nos dois últimos longas da trilogia “O Senhor dos Anéis”) decide deixar a cidade de Nova York em busca de novos lugares e inspirações para a sua literatura. É desta maneira que ela acaba desembarcando no Rio de Janeiro, onde pretende passar uns dias hospedada na casa da amiga Mary (Tracy Middendorf), que divide um amplo casarão na cidade de Petrópolis com sua parceira, a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires).

    O triângulo amoroso de contornos delicados que resulta desse encontro é um dos pontos a serem abordados por “Flores Raras”, porém o objetivo maior do roteiro escrito por Carolina Kotscho, Matthew Chapman e Julie Sayres é mostrar o quanto que o relacionamento que se estabelece entre Elizabeth e Lota, que podem ser caracterizadas como dois gênios em seus campos profissionais, acaba deixando marcas profundas em seus respectivos trabalhos. Enquanto esteve no Brasil, Elizabeth colheu frutos importantíssimos, como o livro “North & South”, que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer (honraria concedida aos norte-americanos que se destacam nas áreas de jornalismo, literatura e música). Já Lota viu a concretização do Aterro do Flamengo, obra que ela idealizou e construiu no governo de seu grande amigo Carlos Lacerda (Marcello Airoldi), é que é um dos pontos turísticos que fazem do Rio de Janeiro uma cidade com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela UNESCO.

    Ao mesmo tempo, “Flores Raras” utiliza o relacionamento existente entre essas três mulheres para fazer uma crônica da efervescente vida política e cultural do Rio de Janeiro na década de 50 até pouco tempo após a ascensão do Regime Militar no Brasil e como esse fato histórico acabou influenciando a rotina das nossas três personagens centrais. Como se pode perceber, “Flores Raras” tem um roteiro com muitas nuances e chama a atenção a forma como Bruno Barreto deu coesão a tudo isso, de forma que o seu longa flui muito bem, sem nunca deixar a obra cair num ritmo narrativo que deixe a plateia tediosa.

    De uma certa maneira, “Flores Raras” é um filme surpreendente. Caracterizar o longa por si só, desta forma, é uma surpresa, ainda mais porque se trata de uma obra dirigida por um dos nossos profissionais mais experientes na sétima arte. “Flores Raras”, aliás, apesar de ter sido feito no Brasil, com uma equipe brasileira, soa tudo menos uma obra do cinema nacional, uma vez que tem muita influência da linguagem norte-americana – o que pode ser explicado pelo fato de Bruno Barreto morar há muito tempo nos Estados Unidos. Por isso mesmo e por ter uma mensagem de apelo universal, “Flores Raras” deve ser um longa que vai obter uma boa aceitação do mercado externo.

    Mesmo assim, ao final de “Flores Raras”, o que ficará com a plateia é a certeza de ter visto um filme que conta uma bonita história de amor com uma delicadeza tremenda. O estilo de filmar de Bruno Barreto aqui lembra muito, por exemplo, os trabalhos de Stephen Daldry. Não sei se o diretor brasileiro assistiu “As Horas” antes de fazer “Flores Raras”, mas existem muitos elementos em comum entre os dois filmes, por exemplo: a ênfase no uso da trilha sonora (excelente, por sinal, de autoria de Marcelo Zarvos) para preencher os silêncios narrativos e o enfoque da história em personagens femininas que são ricas na sua construção e que são plenamente dominadas pelos seus sentimentos, pelas suas melancolias e pelas suas motivações – as quais, diga-se de passagem são muito bem defendidas pelas atrizes que as interpretam.
    Icleia G.
    Icleia G.

    2 seguidores 4 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 22 de agosto de 2013
    Sai do cinema incomodada, faltou naturalidade no caso lésbico, pareceu-me falso os colóquios apaixonados.
    Atrizes competentes, roteiro frio, robótico!
    História triste mas, não cativante, esquisita, enfim nota 3!
    Taiani M.
    Taiani M.

    37 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 26 de agosto de 2013
    Superficial.
    O roteiro, fraco e fragmentado, não permite que a trama ganhe "corpo" e tampouco faz jus à Bishop e Lota - esta um mero amontoado de clichês.
    Bruno Barreto executa uma direção burocrática, com planos extremamente óbvios que por vezes causam até constrangimento.
    A música é excessiva, assim como a quantidade de logos no início do filme - cinema brasileiro é isso aí.
    Não é uma obra sobre o relacionamento de duas - três? - mulheres, sobre o agitado Brasil da década de 1960, sobre a obsessão, sobre o trabalho ou sobre o amor.
    É sobre uma mulher, uma talentosa e insegura poeta americana. Miranda Otto tem total ciência disso e domina completamente o filme.
    Renata J.
    Renata J.

    12 seguidores 5 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 21 de agosto de 2013
    Quando perder vira poesia.

    A arte de perder não é nenhum mistério;
    tantas coisas contêm em si o acidente
    de perdê-las, que perder não é nada sério.

    A primeira vez que tive contato com a vida de Lota de Macedo Soares e Elizabeth Bishop foi numa reportagem de capa do caderno Ela, do jornal O Globo. Não lembro quando, mas faz tempo. Bastante. Tempo suficiente para, naquela época, ter ficado instigada com a história de amor entre duas melhores, na década de 50, numa província como o Rio de Janeiro. Em 1950 não havia revolução feminista e debate sobre homossexualidade, o que me deixou ainda mais admirada pela história de amor entre uma brasileira nascida na França (Lota) e uma americana que jamais se sentiu em casa, independente do lugar em que estivesse (Elizabeth).

    Demorou até que alguém tivesse a disposição para filmar um dos romances mais intensos e poderosos que se tem notícia. Disposição e coragem, porque arrumar patrocínio para uma história abertamente homossexual, num país careta ao extremo como o Brasil, deve ter sido tarefa de leão para o diretor Bruno Barreto e seus produtores. Mas ele arrumou. E teve a feliz ideia de escolher duas excelentes atrizes, que são, sem sombra de dúvida, o coração e o pulmão do filme. Glória Pires empresta vigor, vivacidade e autoestima elevadíssima para uma Lota que foi vulcão quase que a vida toda. Miranda Otto dá o ar bucólico, nostálgico, mas que não chega a ser totalmente triste para uma Elizabeth que precisou perder para se salvar.

    Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
    a chave perdida, a hora gasta bestamente.
    A arte de perder não é nenhum mistério.

    Depois perca mais rápido, com mais critério:
    lugares, nomes, a escala subseqüente
    da viagem não feita. Nada disso é sério.

    O ponto assertivo escolhido por Bruno permitiu contar uma história de amor lésbico com uma pegada universal. Em tempos de defesa excessiva de um “amor homossexual” é legal ver que o diretor optou por fazer um caminho mais difícil ao dizer: “Esperem, amor é amor, não importa onde, quando e com quem”. E os destroços que ele deixa, bem como as fortalezas que constrói são iguais, sem distinção de sexo, cor ou raça. Ao não levantar bandeira, nem tentar ser politicamente correto, o diretor nos proporciona um mergulho bem mais profundo, que tem mais a ver com os efeitos causados quando decidimos entrar de corpo e alma numa relação do que aquele discurso chato e batido de “como se dá o amor entre pessoas do mesmo sexo numa sociedade preconceituosa”. Efeitos que nem sempre são tão óbvios. Onde o mais forte pode ser o mais fraco e vice versa. É sutil a mudança das personalidades no decorrer da história, e por isso mesmo o filme cresce.

    Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
    lembrar a perda de três casas excelentes.
    A arte de perder não é nenhum mistério.

    Perdi duas cidades lindas. E um império
    que era meu, dois rios, e mais um continente.
    tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

    Seria perfeito se esse mergulho fosse ainda mais profundo. A inserção de poemas de Elizabeth (uma das poetisas – ou “uma das poetas”, como talvez Bishop preferisse, mais aclamadas da história da humanidade) dá o tom das modificações que ela e Lota sofrem com o tempo de relação. A contextualização histórica faz o filme perder um pouco de força, porque não existe tempo para deixar uma produção comercial enxuta e explicar direito as inclinações de direita que Lota possuía e seu trabalho com Carlos Lacerda (que é tratado mais como intelectual do que como político). Porém, é entendível que a questão histórica se faça presente: a construção do Aterro do Flamengo é ponto fundamental para que o roteiro mostre a virada na personalidade das protagonistas.

    Bruno Barreto sabe fazer filmes com o padrão hollywoodiano. Estabelecido em Los Angeles e acostumado com a tecnologia de ponta ele nos dá bons planos abertos do Rio de Janeiro de 50 e 60, não são muitos, até porque a opção por mostrar mais a vida das amantes na casa de Samambaia em Petrópolis não permitiu maiores voos tecnológicos. A direção de arte é primorosa. Móveis clássicos que passaram pela deslumbrante casa de Lota e Bishop são cuidadosamente mostrados em tela. O figurino é justo, bem como fotografia e roteiro (talvez aqui pudéssemos ser presenteados com diálogos mais à altura das atrizes em cena).

    — Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
    que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
    que a arte de perder não chega a ser mistério
    por muito que pareça (Escreve!) muito sério.
    Uma Arte – Elizabeth Bishop

    Por fim, é em Glória e Miranda que o filme finca sua base. Ambas estão soberbas, a tal ponto que me arrisco a dizer que indicação ao Oscar para a dupla é algo extremamente palpável. Não vi atuações superiores em 2013. Ainda falta ano, mas elas já despontam. A empatia entre as duas é tanta que as cenas íntimas são das melhores que o cinema produziu para um casal lésbico, num filme comercial. Entrega num nível máximo de duas atrizes com “A” maiúsculo. Belo filme sobre a história da dupla. Corajoso, intenso e delicado como a soma do casal que o inspirou.
    Paulo C.
    Paulo C.

    32 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 21 de agosto de 2013
    Filme de Bruno Barreto flui belissimamente como uma poesia de Elizabeth Bishop, seu olhar meticuloso e a forma como conduz toda a trama o transforma em um trabalho lírico sem cair no ostracismo.

    Grata surpresa, pois confesso que fui assistir ao longa sem grandes pretensões e ao sair da sala de cinema, sai maravilhado com a obra.

    Desde o roteiro muito bem construido, utilizando fatos importantes de nossa história, por exemplo o inicio da ditadura militar, como pano de funda, até as atuações, não só de Glória Pires e Miranda Otto, mas como também de Tracy Middendorf e Marcello Airoldi, que parecem bailar em cena, parecem dançar com leveza e precisão ao ritmo exigido em cada uma de suas belas cenas.

    Ambientado no Brasil entre os anos 50/60, época de grande importancia e grandes transformações: Brasília é construída, a Bossa Nova faz grande sucesso e o Rio de Janeiro se transforma rapidamente preparando-se para deixar de ser a capital federal. É quando Elisabeth Bishop, poetisa americana, chega para conhecer o Rio de Janeiro e passar alguns dias com Lota de Macedo Soares mulher forte e empreendedora da sociedade carioca. Com personalidades muito a frente de seus tempos, elas rapidamente estabelecem uma relação pessoal gerando muitas conquistas e perdas, que se refletem até os dias de hoje.

    Poderia ser, talvez, mais um filme a abordar o homossexualismo, mas não é, passa longe de ser isso, é a forma de retratar o mais puro e verdadeiro amor, que quebra barreiras, independente de ser dois homens, um homem e uma mulher, ou duas mulheres.

    "Flores Raras" é um filme que tem sua força e seu poder, mas sem perder os seus encantos, seu charme e sua poesia. Simplesmente merece ser descoberto e apreciado.
    Roberto O.
    Roberto O.

    23 seguidores 59 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 20 de agosto de 2013
    Sensível relacionamento entre duas mulheres chega às telas em momento apropriado

    A questão da homossexualidade tem estado em evidência no Brasil. Daniela Mercury assume seu romance com a jornalista Malu Verçosa. O Deputado Pastor Marco Feliciano, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, polemiza com o projeto de “cura gay”, gerando uma série de protestos, que chegaram à Parada do Orgulho LGBT, que reuniu em São Paulo cerca de 3 milhões e meio de pessoas na Av. Paulista. E o tema, claro, também foi colocado em voga nas manifestações populares que se espalharam por todo o Brasil durante o mês de Junho. Na atual novela das nove, o casal vivido por Marcello Antony e Thiago Fragoso contribui para manter o foco no assunto. Não há momento mais propício, portanto, do que este para a estreia de uma produção nacional que aborde o tema. O novo filme de Bruno Barreto que acaba de entrar em cartaz, protagonizado por Glória Pires, coloca ainda mais substância em toda essa série de discussões sobre o tema.
    Flores Raras abriu na última sexta-feira, dia 09/08, a 41ª Edição do Festival de Cinema de Gramado, onde Glória Pires recebeu pelo conjunto de sua obra o Troféu Oscarito, prêmio concedido apenas aos grandes nomes do cinema nacional. Baseado no livro Flores Raras e Banalíssimas, de Carmen Lúcia Oliveira, o longa de Bruno Barreto (cuja filmografia inclui aquele que por muito tempo foi a maior bilheteria da história do cinema nacional, “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, de 1976, recorde só superado em 2010 por “Tropa de Elite 2”, de José Padilha) conta a história real deste corajoso romance que fez frente aos preconceitos em plena era de crescimento sócio-político-cultural que o Rio de Janeiro vivia nos anos 1950.
    A australiana Miranda Otto (vista no 2º e 3º filmes da série “O Senhor dos Anéis”) vive a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop, que venceu o Prêmio Pulitzer em 1956. Glória Pires faz a arquiteta carioca Lota de Macedo Soares, uma das idealizadoras do projeto do famoso Aterro do Flamengo. Tracy Middendorf, por sua vez, interpreta a dançarina Mary Morse, amante de Lota e amiga de Elizabeth. Ao deixar Nova York, para visitar sua amiga no Brasil, a poetisa acaba se hospedando na casa da arquiteta, em Petrópolis. Aos poucos surge um sentimento entre as duas, que vagarosa e progressivamente irá se transformar em um sensível e poético romance, que ao mesmo tempo fragilizará suas forças e fortalecerá suas fragilidades.
    Um detalhe interessante deste filme genuinamente brasileiro é o fato de ele ser quase todo falado em inglês. Um desafio para Glória Pires? Nem tanto. “Graças a Deus, hoje temos a figura do ‘coaching’ (treinador), que ajuda demais”, ela diz a esse respeito. Sua atuação tem agradado crítica e público.
    Visualmente, o filme é cheio de sutilezas, que ajudam a compor com delicadeza a história que está sendo contada, em toda a sua fragilidade emocional. Já a direção de arte garante uma reconstituição de época lírica, complementada pela bela fotografia.
    Apesar de não ter sido intencional o lançamento do filme neste momento, não há dúvidas quanto à “feliz coincidência” que coloca Flores Raras em cartaz em meio a tanta polêmica e exposição.
    Marcos A.
    Marcos A.

    82 seguidores 123 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 19 de agosto de 2013
    Filme lindíssimo, com atuações espetaculares e uma história que ocorreu entre 1951 e 1979, com muitas sutilezas e a visão muito legal de uma estrangeira sobre o golpe militar de 64, além de outras coisas que são colocadas de forma muito inteligente. Vale a pena ir ao cinema para ver este filme.
    Marcelo S.
    Marcelo S.

    3 seguidores 4 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 18 de agosto de 2013
    Interpretação incontestável de uma das maiores atrizes do nosso país: Glória Pires e Miranda Otto (Senhor dos Anéis) que deu um show ao lado da nossa conterrânea. Um filme denso, forte, mas ao mesmo tempo poético. Dica: Apesar de ser uma produção brasileira, o filme foi feito pra ser projetado internacionalmente, sendo assim, a maior parte dos diálogos são em inglês com legenda, é claro.
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