Angie: Crítica AdoroCinema

Angie está longe de ser um filme perfeito, mas é inegável que representa uma evolução considerável se comparado o longa anterior dirigido por Márcio Garcia, Amor por Acaso, com Dean Cain, Juliana Paes e John Savage.

Na nova produção, Garcia mais uma vez conta com a ajuda de um elenco internacional, mas agora está ao lado de pessoas de maior talento, como Andy Garcia, Juliette Lewis e a jovem Camilla Belle, que vive a protagonista da história.

A trama gira em torno de Angie (Belle), uma jovem de classe alta que deixa a confortável vida ao lado da mãe (Christiane Torloni) e a irmã (Carol Castro) em Vitória, no Espírito Santo, para procurar pelo pai.

Ela acaba nos Estados Unidos, onde vive uma espécie de road movie em que passa pela vida de várias pessoas, algumas agradáveis, outras nem tanto.

Angie fica próxima do andarilho Chuck (Garcia) e se envolve com o pratulheiro David (Colin Egglesfield). O romance é bonitinho, mas a amizade entre a garota e Chuck pouco convence.

Andy Garcia, por sinal, aparece completamente desperdiçado na produção. Seu personagem é visto poucas vezes em cena e nunca em um momento propriamente importante, salvo no final, que é um tira na água por completo.

Camilla Belle surge bem em cena, só incomodando nos momentos em que é dublada falando português. Ela carrega bem a produção e tem a naturalidade e beleza necessária para despertar a atenção do público.

Torloni e Lewis, cada uma a sua maneira, vivem personagens caricaturais que só atrapalham a "compra" da história pelo espectador.

Como dito, Garcia evoluiu bastante desde seu primeiro projeto. Se continuar assim, talvez venha a realizar um grande filme um dia. Mas este não é o caso de Angie.