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    A Escolha Perfeita
    Críticas AdoroCinema
    4,0
    Muito bom
    A Escolha Perfeita

    E a decisão é toda sua

    por Roberto Cunha

    Que tal se sentar na poltrona da sala escura livre de qualquer preconceito e curtir uma simpática comédia regada a sucessos de diferentes épocas cantados a capela? Não soou bem? Então fique sabendo que existe grande possibilidade de você perder um filmezinho interessante para quem busca apenas diversão e seu título já dá uma senhora dica: A Escolha Perfeita.

    A história é simples toda a vida, teve como base o livro de Mickey Rapkin, mas a maneira como foi trabalhada fez a diferença. Nela, um grupo de jovens cantoras é liderado por uma mandona que vive (musicalmente) no passado. Para sacudir a poeira, eis que surge uma nova aluna na escola, que sonha em trabalhar com música e vive fazendo uns "mashups" com o som alheio, misturando tudo numa só canção.

    Quis o destino (e o roteiro também) que ela entrasse para o tal grupo e um aluno também novo se interessasse por ela, mas fosse parar no grupo rival que irão enfrentá-las num campeonato nacional de canto a capela. Identificou vilã, mocinha, mocinho, amor impossível ... É isso mesmo. Previsível, mas ficou legal.

    O roteiro de Kay Cannon (seriado 30 Rock) não tem nenhuma pretensão, divertindo com piadas nos diálogos e situações ridículas (no melhor dos sentidos) que os personagens vivem. Os meninos do grupo rival são engraçados, as meninas também. É tudo bobinho mesmo, mas funciona. Claro que vai ter gente achando que é tudo estereotipado demais, mas cá entre nós: o que esperar de um longa juvenil que trata desse tema? Entender a verdadeira razão de Beethoven compor tão bem sendo surdo ou, quem sabe, curtir a "Marcha Fúnebre" de Chopin? Oops! Errou de sala!

    Do elenco dirigido pelo estreante Jason Moore, profissional acostumado a TV (Dawson's Creek e Brothers & Sisters), destacam-se Elizabeth Banks, que produziu o filme e atacou de locutora das competições com diálogos ácidos, Anna Kendrick no papel da heroína e Rebel Wilson, que dá vida a Fat Amy e parece muito uma versão feminina do ator Jonah Hill. Ela manda ver nos vocais e, principalmente, nas coreografias, que rendem alguns risos. Guarde esse nome.

    Assim, seja você nerd, amante do seriado Glee, ou nada disso, prepare-se para ouvir várias canções novas e antigas ("Don't Stop The Music", "Just the Way You Are"), além de uma inusitada citação de Beatles em meio ao vômito numa clara alusão ao clássico O Exorcista. E por falar em cinema, Clube dos Cinco, do saudoso John Hughes, é pano de fundo para umas duas cenas sonoramente ilustradas pela inesquecível "Don't You (Forget About Me)", do Simple Minds. Precisa dizer mais? Se você quer se divertir, a escolha é sua e ela pode ser perfeita. Boas sessões! ;)

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