Êxodo: Deuses e Reis (2014) - O filme é regular - na verdade, é até bom, mas sai mais frustrado do que satisfeito com o filme - com cenas cansativas e história simplória. O fato bíblico em si é ótimo, e retrata um Moisés mais humano, do ponto de vista do general e de quem fora criado numa das mais desenvolvidas sociedades da época. Diferente de outras obras sobre o fato, ela não se prende em contar a história desde o início (aquela coisa de tirar o moleque do cesto de vime, a criação com o filho do faraó, etc) e já inicia-se com eles já na relação que tinham adultos, na sociedade egípcia. As pragas e a abertura do Mar Vermelho são apresentados de um modo totalmente original - isso gostei bastante, apesar de causar raiva em alguns - com o Diretor mostrando que elas eram perfeitamente plausíveis de terem acontecido e o povo hebreu não é mostrado como os coitadinhos sofredores, tanto que em determinada hora no filme você passa a ver que os egípcios também eram vítima da situação (e talvez eu veja assim pois trata-se de uma das passagens bíblicas em que eu não vejo muito sentido no que Deus faz, sendo ele um Deus de Amor e que procura não punir inocentes, mas isso não vem ao caso no resumo) e que quem, na verdade, tirava proveito de tudo era a classe dominante (novidade, né?). Deus também é apresentado de modo inédito de outras obras, o que até planta a dúvida se Moisés realmente tinha intimidade com Ele ou se era somente um devaneio. Ramsés também é apresentado diferente, e não como o tirano que é vendido por aí! Mas, o filme em si se arrasta em muitas partes, há personagens que somem e ninguém se preocupa em explicar o porquê, e o clímax, na travessia do Mar, é ruim, passando depois para um final corrido.
Enfim, é mais um épico que busca dar um upgrade nos fatos bíblicos, inserindo visões até realistas da situação, mas que acaba sendo muito longo e pouco desenvolvido.
Vale assistir, mas não vá empolgadão e se tiver outro filme em vista, veja-o primeiro, rs.