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    O Passado
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    3,9
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    13 Críticas do usuário

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    Cláudia S.
    Cláudia S.

    51 seguidores 17 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de maio de 2014
    Outra obra maravilhosa do iraniano Asghar Farhadi que investe em diálogos precisos e bem pensados como já havia feito antes em A separação. Lá como aqui, cada palavra dita pelos personagens ultrapassa o momento retratado e traz ecos de situações passadas e sentimentos ocultos mas que ainda movem aquelas pessoas. As atuações também são todas excelentes e equilibradas, o que parece ser resultado do trabalho do diretor que buscou dar organicidade ao elenco ao mesmo tempo em que ofereceu a cada um o espaço para mostrar o próprio brilho. Recomendadíssimo.
    Victor D.
    Victor D.

    9 seguidores 19 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 14 de maio de 2014
    Geralmente eu não gosto de filme francês e este “O Passado” tem todos os elementos pelos quais eles me desagradam. Imagine um filme sem trilha sonora e onde o mundo parece composto somente de gente neurótica. Foi o que eu vi enquanto assistia as cenas de uma família completamente disfuncional.
    No entanto ele não é um filme desagradável e é possível sim se fazer uma análise da vida cotidiana através dele, principalmente porque o mundo está cheio de gente mal resolvida e que pensa que pode culpar o outro pela neurose existente em sua própria cabeça.

    Quem mora na França deve ver algo especial no fato de ele contar a história de um Iraniano casado com uma francesa afinal de contas os constantes conflitos envolvendo muçulmanos na Europa atualmente parecem estar se tornando moda.

    O filme mostra Ahmad voltando à França depois de quatro anos apenas para assina o divórcio para que sua ex esposa possa se casar novamente. E é ai que se mostram os conflitos que de início ao fim parecem não ter solução alguma.

    Os filhos de Marie aparentemente são cada um de um pai diferente e Ahmad não é pai biológico de nenhum deles. A mãe não tem um bom relacionamento com nenhum dos filhos e além disto está também na casa o filho de Samir com quem ela pretende casar-se. Impressionante a interpretação do garoto Elyes Aguis. Ele parece de verdade uma criança com crise de relacionamento com o pai e que parece estar pedindo ajuda para qualquer um, inclusive o ex marido da mulher com quem seu pai vai casar.

    E ao ver a calma aparente de Ahmad fiquei me perguntando afinal de contas o que aquela mulher viu de tão ruim para querer separar-se de um homem que busca o bem dela e de cada um de seus filhos, mesmo não tendo nenhuma ligação biológica com eles.

    É Ahmad quem procura acalmar Faud e procurar Lucie e tentar fazê-la entender-se com a mãe já que ela: “não aguentaria dois dias morando com o pai”. E cada personagem que vai aparecendo aparenta ser mais infeliz do que o anterior.

    Entretanto o que vi de realmente bom neste filme foi que os relacionamentos são insuportáveis mesmo e não é por falta de amor. É falta de compromisso: a mãe vai se casar com alguém de quem já era amante quando o fulano tinha uma vida conjugal.

    Todos tratam a mulher em coma como se ela já estivesse morta, bem ao estilo Terri Schiavo que foi deixava para morrer de fome e de sede em rede nacional nos Estados Unidos porque aparentemente não tinha uma vida cerebral.

    Ninguém aceita a responsabilidade por seus atos até que Lucie confessa para Ahmad que a mulher ficou “parecendo um pepino” porque ela lhe mandou os e-mails que o marido e sua mãe trocavam. O que motivou o suicídio. Se existe alguma tese neste filme é que uma pessoa em coma não precisa ser levada em consideração já que ela está morta.

    E o mais triste é saber que o ser humano moderno está a cada dia mais parecido com os personagens deste filme. Um monte de gente infeliz que não sabe sequer esboçar um sorriso e cuja única função na vida seja contribuir para a infelicidade de quem está ao seu lado. Uma verdadeira solidão grupal.
    Luis Felipe A.
    Luis Felipe A.

    4 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 31 de janeiro de 2014
    Excelente filme! A descoberta lenta e agonizante do passado da vida de todos os personagens afeta e perturba a vida não somente os personagens, mas também quem os assistes nesse desespero. Essa é a sensação que as novelas tentam trazer, mas sempre falham grosseiramente, diferente do filme de Asghar Farhadi.
    Bérénice Bejo fez um excelente trabalho, sem dúvidas, mas foi uma das poucas vezes que achei que cannes errou em dar a palma de ouro pra ela. Embora seja de difícil comparação, devido a diferença gritante de estilo das personagens, achei que Adèle Exarchopoulos (Azul é a cor mais quente) foi mais merecedora da palma de ouro de melhor atriz, embora Berenice Bejo não tenha ficado muito atrás.
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