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    Praia do Futuro
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    3,1
    247 notas
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    42 Críticas do usuário

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    Luiz C.
    Luiz C.

    51 seguidores 64 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 1 de junho de 2014
    A "Praia do Futuro" ou a "Praia do Passado"?
    Assistimos ontem ao controverso e comentado filme "Praia do Futuro", lançado em 15 de março de 2014.

    Em algum momento no passado, dois amigos alemães curtem emoções radicias no mar, em frente à Praia do Futuro, em Fortaleza. Um deles se afoga e o salva-vidas (na verdade bombeiro) Donato (Wagner Moura), sente-se culpado, pois foi o primeiro afogado que não conseguiu salvar.

    Donato vai visitar o sobrevivente no Hospital, devidamente uniformizado. Ao comunicar o falecimento do amigo deste e a perda do corpo, acaba admirando-o nu (pois ele rapidamente retira o avental hospitalar e coloca as próprias roupas) e, ao oferecer carona, acaba se envolvendo com o mesmo, mantendo relação sexual, dentro da viatura e com a farda!

    O relacionamento evolui e Donato acaba acompanhando Konrad à Alemanha. Como resultado das suas indagações e incertezas, entre voltar para Fortaleza - onde está sua família, especialmente a mãe e o irmão caçula, Ayrton, de uns 10 anos, e a quem ele é muito ligado - e permanecer na Alemanha, Donato opta pela segunda alternativa.

    Anos depois, seu irmão Ayrton aparece na Alemanha, já adulto, com a notícia da morte da mãe, há mais de um ano.

    Uma história contada de forma lenta, com câmeras em grandes panorâmicas, das praias (tanto Fortaleza quanto a Alemanha), do mar e das cidades. Uma indefinição completa em relação aos personagens centrais (o "amigo" que acompanhara Konrad ao Brasil e morre afogado tem esposa e filhos, Donato e Konrad jamais falam/cogitam em União Estável ou casamento, ambas as famílias são inexistentes a não ser pelas aparições incidentais de Ayrton), cujo relacioamento se congela em encontros fortuitos (cada um vive na própria casa, não existe uma rotina comum, nem interesses em comum, o que fica evidente pelo tédio demonstrado por Donato quando acompanha Konrad a uma partida de basquete) me fizeram lembrar de filmes com esta temática que eu assistia no Conjunto Nacional, em São Paulo, nos anos 80, como "Angelical Conversation", de Derek Jarman, por exemplo.

    Este tom entre o incidental/fortuito e o nostálgico, o desenvolvimento da história em 3 capítulos, muito comum nos anos 80, a falta de perspectiva de futuro dos personagens e de seu relacionamento, é que me fazem dizer que, longe de ser a "Praia do Futuro", esta é a "Praia do Passado", um passado onde homossexuais estavam condenados à "solteirice", não formavam famílias e não tinham vínculos familiares e onde a única "amarra" ou "ponto de encontro" eram os seus corpos, sendo que a única ligação entre estes corpos era o sexo, o desejo.

    Não por acaso, o único atrativo real é a nudez dos atores! Tal como nos anos 80, é o melhor que o filme tem a nos oferecer!

    Fica como moral da história a frase, nua, crua e em linguagem chula de Ayrton, ao reencontrar o irmão: "Você é um veado egoísta, que só quer saber de dar o cu escondido, aqui neste polo norte!"
    Frê L.
    Frê L.

    6 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 25 de maio de 2014
    #PraiadoFuturo é filme interessante com os talentosíssimos Wagner Moura e Jesuíta Barbosa como seu irmão no Drama. Além do ator alemão Clemens Schick .
    Wagner Moura traz densidade e ousadia pro personagem. Este, pra achar sua praia, assumir quem realmente é e encontrar seu FUTURO precisa se reinventar. Por medo? Por coragem? Acho que os dois se intercalando.
    Recheado de cortes secos, nada no filme é óbvio, como a vida, sempre trazendo mudanças inesperadas e conflitos.
    A realidade não precisa fazer sentido e o que acho bacana é que nele a ficção mostra que também não tem essa necessidade. #RECOMENDO
    JOSÉ GUILHERME D.
    JOSÉ GUILHERME D.

    1 crítica Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 25 de maio de 2014
    Berlim já foi visitada por, pelo menos, outro cineasta brasileiro, Paulo Caldas. Deserto Feliz, filme que resenhei quando fiz a cobertura do Festival de Cinema de Gramado de 2007, conta a história de Jessica (Nash Laila), uma jovem nordestina sem perspectivas que conhece um alemão, Mark (Peter Ketnath), com quem imagina construir um futuro. Ela viaja com ele para a Alemanha, onde vive o tempo suficiente para perceber que a saudade do Brasil se tornara insuportável.
    Tal como no filme de Caldas, o personagem de Moura (em ótimo desempenho) experimenta, neste novo filme de Aïnouz, a mesma dúbia e contraditória sensação de pertencimento/estranhamento de quem, atraído pela perspectiva de um futuro melhor num país de Primeiro Mundo, e motivado – em primeiro plano – pelo embalo de uma relação amorosa que carrega o status de um achado arqueológico, se vê lançado, atavicamente, no olho de um furacão que ele não só não consegue controlar como, em última análise, não lhe é dado sequer entender. É nesse “vendaval de paixões” – paixão pela profissão, paixão pelo amante, paixão pela terra de origem – que o diretor tenta nos fazer penetrar. Um exercício de especulação, convir-se-á, nem sempre bem-sucedido.
    Tal como nos romances policiais, haverá um culpado. Aqui, é o roteiro, assinado a quatro mãos por Aïnouz e Felipe Bragança. A câmera do diretor, como um bom cúmplice de crime, só faz mettre em scène as idiossincrasias do script. Escasso em diálogos, com um raconte intimista, privilegiando os olhares, os silêncios, os longos planos-seqüência, Praia do Futuro consegue cansar em escassos 90 minutos. Relembre-se Azul é a Cor Mais Quente, de Abdellatif Kechiche, com 180 minutos, sobre a relação homossexual entre duas jovens. Voilà!
    Donato (Moura) é um salva-vidas do Corpo de Bombeiros do Ceará, que se apaixona por Konrad (Schick), um piloto alemão de motocross, depois de uma frustrada tentativa de resgatar o amigo deste no mar revolto. A “Praia do Futuro” não tem futuro para Donato. Nem para ninguém. Sua alta salinidade, a maior do mundo, não permite edificar prédios. As oportunidades de emprego são escassas.
    Donato, assumindo sua homossexualidade, se muda com o amante para Berlim, deixando para trás a mãe (que nunca aparece) e o irmão pequeno, Ayrton, que o via como um herói. Dez anos depois, este, já crescido (Barbosa), viaja a Berlim, aparecendo perante Donato como um fantasma tentando resgatar um passado deliberadamente esquecido. Donato abandonara não só a família, mas sua profissão, o sol, a praia, o mar, o calor, o contato com a areia, as coisas simples do dia-a-dia, que o faziam feliz, trocando tudo isso por uma Berlim duplamente fria, no sentido climático como no humano. E, ao contrário de Jessica, ele reluta em voltar.
    Por outro ângulo, doze anos depois de Madame Satã, a relação homossexual volta a adquirir [inclusive em termos físicos], uma insuspeitada, quase trágica, dimensão imagética, o que pode ser visto como uma espécie de retomada no cinema de Aïnouz. Relevante também assinalar que a linearidade da trama (dividida em capítulos) não evita o paradoxo de a história parecer logicamente truncada, defeito exacerbado pela escassez de diálogos e pelo excesso de silêncios, de introspecção, de contemplação. O filme não se explica, ele pede explicações...
    Não é o melhor filme de Aïnouz. De quem já fez filmes como Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo e O Céu de Suely, além do inigualável (em termos estéticos), Madame Satã, esperava-se uma obra-prima da maturidade. Arrisco-me a dizer que o diretor pode estar percorrendo um caminho inverso.
    js2013
    js2013

    1 seguidor 13 críticas Seguir usuário

    1,5
    Enviada em 25 de maio de 2014
    O filme mostra uma história de um salva-vidas gay que tem um relacionamento com um alemão, vai Alemanha deixando a vida e a família aqui. Depois o irmão, já crescido, vai procurar ele. Só isso de história, mas recheado com fortes cenas de sexo gay. E o pior, é tentarem vender ele como uma continuação do Tropa de Elite, escondendo a informação do seu real teor do público. E a censura de 14 anos para este filme, um absurdo, como pode com todas essas cenas de sexo?
    Jr M.
    Jr M.

    22 seguidores 12 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 24 de maio de 2014
    Muito bom. Belo drama! Filme com tempo diferente e muito sensorial!
    Fabricio A.
    Fabricio A.

    11 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 23 de maio de 2014
    Praia do Futuro é o primeiro filme gay brasileiro realmente honesto.
    Longe das caricaturas estabelecidas em ficções que não traduzem a vida, e, se o fazem, atingem uma ínfima parcela. E por que tanto estranhamento? Por que Brasileiro está acostumado a ver a homossexualidade ser figurada por personagens humorísticamente afeminados, ou que precisam da vilania ou da beleza para se estabelecerem. Não se pode ser um homossexual comum. Como eu e você somos comuns. É como se fosse preciso um “plus” que disfarçasse essa condição. Tal qual muitos homossexuais tem se válido durante toda sua vida diante do mundo. Precisam ser engraçados, ou entendedores de moda, ou belos, ou engajados, ou... Ponto pro diretor, que fez de seu personagem um ou NADA. Ele apenas É.
    Walker M.
    Walker M.

    8 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 23 de maio de 2014
    Você sabe quando um filme fez e fará diferença na sua vida quando percebe que todos já saíram da sala e você ainda está lá, sentado, olhando para enorme tela que agora já está sem projeções.

    Praia do Futuro me ganhou por uma narrativa sem melação, esteriótipos e ações desnecessárias. De uma beleza visual única. Narrativa singular.

    Personagens apresentam sexo entre homens. Brigas de homens. Dores de homens. O filme é tão bruto quanto sua narrativa, seus personagens. Não há espaço para esteriótipos. Os sentimentos são traduzidos em ações e expressões. Expressões estas que fazem Ayrton (Jesuíta Barbosa) roubar a cena no terceiro e último ato.

    O medo do herói aqui é sintetizado em passividade e submissão. Omissão. seu irmão diz "(..) Enquanto você dava o cú escondido no Pólo Norte" para falar o que ele fazia enquanto era esperado.

    A falta de afeto é substituída em fortes cenas de sexo. Cenas apenas de respiração ofegante e olhares tensos. Corpos à mostra. Olhares misteriosos que dizem mais do que pensam.

    Há grandes espaços de tempo sem história e fica à sua vontade entender o que aconteceu.

    Quando Karim Aïnouz lançar seu próximo filme, estarei na primeira fileira pra ver mais um história avassaladora.
    Lucas E.
    Lucas E.

    50 seguidores 7 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 13 de novembro de 2015
    Filme incrível. Fotografia maravilhosa, atuações maravilhosas, trilha sonora espetacular, um filme sem preconceitos, sem filtros. Os filmes brasileiros deveriam ser mais como este. Super recomendo .
    Heverton K.
    Heverton K.

    4 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 21 de maio de 2014
    Não compreendo todo o hype atraído pelo filme... com bem pouco tempo de estória e nessa correria do roteiro o amigo de alguém morre afogado e enquanto não se acha o corpo... lepo lepo com o salva vidas no banco de trás do carro (ahn!?)... nenhuma construção de personagem... empatia... nada... Não se vê a conexão que justificaria um fazer algo que seja pelo outro, quiçá mudar de país, do nada. Nessa hora, tudo que um dos personagens não sofreu pela perda do parceiro afogado, você vê repentinamente sofrer, e pela primeira vez chorar, pela possível partida do salva vidas recém conhecido (hein!?). Daí você imagina que essa pressa toda pode ser porque depois é possível que haja alguma guinada... mas o que vem são longuíssimas cenas contemplativas, vazias, intercaladas com cenas de sexo dignas de superprodução pornô, ainda que não agreguem mais nada à estória... Se há algum mérito aqui é na utilização de um personagem não estereotipado. Mas se é pra ser vazio assim, prefiro um viado rasgado, como diria Madame Satã!
    Ruan C.
    Ruan C.

    3 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 21 de maio de 2014
    É um bom filme!! Vale a pena ir ao cinema assistir, principalmente pela incrível atuação de Jusuíta Barbosa, que a cada trabalho se mostra melhor!!
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