Mama sofre de um problema bem comum em filmes de terror: condução. Há que se concordar que o filme tem uma história muito boa (e só elogios ao diretor na transposição de seu curta para um longa-metragem), e realmente, uma história interessante... Mas como tem furos, como tem personagens desnecessários, momentos clichês... Os sustos pouco funcionam e o suspense é falho (na minha sessão, a cada vez que Lily aparecia, a risada era geral). De bom, o domínio de câmera de Andres Muschietti, ideal pra um diretor que está se iniciando, e mais do que bom: a fotografia de Antonio Riestra. Achei linda, também, a atuação de Megan Charpentier, principalmente no terceiro ato.
Com algumas cenas bem feitas, e outras nem tanto (como o final que parece ter sido retirado de um legítimo Tim Burton, dos piores), Mama se torna um filme de suspense bastante esquecível. Um filme menor na carreira de Jessica Chastain - que está, como sempre, muito bem aqui. Porém, Muschietti se torna um diretor a se acompanhar de perto. Se aqui, em sua estreia como diretor, num filme adaptado de um curta de dois minutos, ele conseguiu se mostrar um cineasta bom e competente, com um domínio de cena e atores tão satisfatório, fico bastante curioso com o que ele vai apresentar a seguir.