A Hora Mais Escura: Críticas - Página 5

Eu nunca pensei que poderia chamar um filme de Kathryn Bigelow de OBRA-PRIMA. Bom, prova completa de que o mundo dá voltas. Detesto seus filmes anteriores e, confesso, peguei uma certa birra por causa da superestimação do horrível Guerra ao Terror, mas não é que aqui ela concebe uma obra completa, bem conduzida e muito, muito bem feita? É Cinema em estado bruto, e dos bons.

Desde as primeiras cenas em que somos apresentados aos personagens, conflitos, e a real história levamos um choque de realidade. A cena inicial, e a forma com que a protagonista Maya é inserida na história é magistral. Coisa de mestre mesmo. E sua transformação é sensacional. Podemos ver a maneira com que Maya vai, com o tempo, sendo a própria operação e a sua obsessão com "pegar Bin Laden" tomar conta dela própria. Existe Maya, e existe a Obsessão de Maya, que por si própria se torna um personagem´substancial e imprescindível nessa história.

Ora, o filme não é sobre Bin Laden, nunca o vemos (graças a deus... ops, graças a Bigelow!!!). O filme é sobre Maya e suas motivações, e sua conquista da vida. Mark Boal criou, talvez, a personagem feminina mais forte dos últimos anos. A Bigelow coroa tudo isso com uma direção concisa, cheia de pormenores a serem notados (a mise-en-scene do filme é notavelmente pensada cena-a-cena). A impressão que fica é que ela se aperfeiçoou demais depois de ter vencido o Oscar. Seu estilo característico continua ali, só que com um amadurecimento notório.

Jessica Chastain entrega aqui a melhor atuação de sua vida até agora. Como é bom quando surge uma Jessica Chastain no Cinema, e aqui, ela prova que é, realmente, a melhor atriz que surgiu nessa década. Ela não tem uma atuação explosiva, é completamente minimalista. Do inicio ao fim. Desde quando ela se altera, até seus momentos em silencio (que não são poucos). E, aliada com a fotografia cuidadosamente pensada, principalmente nas cenas da personagem, ela dá um show. Três cenas, em momentos diferentes, são suas melhores e se destacam pra mim:

- A primeira é quando Maya está observando a tortura, logo no inicio do filme, e é deixada sozinha na sala. Em todo momento podemos perceber sua descompostura por estar presenciando aquilo, e numa atuação contida, sem nem se movimentar direito. Quando fica sozinha com o terrorista, Maya dá um passo pra frente e podemos ver toda sua força, naquela que parecia ser uma mulher bastante frágil: "You can help yourself by being truthful."

- A segunda cena é aquela em que a agente da CIA confronta Bradley e diz que sim, ele teria que dar atenção à caçada por Bin Laden. Se alguém tinha alguma dúvida sobre o poder de persuasão dessa mulher, essa dúvida cai por terra nessa cena. Que aliás, tem um texto absurdamente maravilhoso.

- E claro, por último, sua cena final. Ao chorar, Maya literalmente desmorona. A motivação da sua vida finalmente terminou, e ela se sente vazia. Recompensada, porém vazia. E chora por isso. Chastain consegue transmitir todos esses sentimentos em poucos instantes. O que seria dela a partir daquele momento? O filme não podia acabar melhor.

E não é só a protagonista que domina. Os coadjuvantes também têm vez, Jehnnifer Ehle aparece pouco, mas traz todo seu talento à sua personagem, de forma que seu desfecho chega a comover, de verdade. Mas um destaque enorme deve ser dado pra Jason Clarke (que devia ter sido indicado a todos os prêmios possíveis, diga-se de passagem) e Kyle Chandler, que me surpreendeu bastante, e muito positivamente. Eu só esperava que James Gandolfini tivesse uma participação mais recorrente, talvez até tenha sido prejudicado na montagem final, o que é uma pena.

Quando terminou a sessão de A Hora Mais Escura eu me sentia em êxtase. O desenvolvimento é tão sensacional, os diálogos são tão marcantes, o caminho pra chegar à tão dita invasão é tão impressionante que não teve um momento sequer que eu senti tédio ou qualquer coisa assim. Cada cena está ali por uma razão, e tem o tempo necessário. Ou talvez tenha sido choque por ter visto um filme tão perfeitamente montado, dirigido e roteirizado vindo de Mark Boal e Kathryn Bigelow. Quer saber? É tudo a mesma coisa. O fato, mesmo, é que A Hora Mais Escura é um dos melhores filmes de 2012. E é muito gratificante viver uma surpresa cinematográfica desse tamanho.

É o tipo de filme para quem já conhece a história e quer ver como ficaria na tela.
É bom apesar de omitir ou modificar alguns fatos sobre essa jornada de captura e assassinato de Bin Laden, mas isso é perdoável, o filme nunca é igual ao livro.

Meu pai já dizia que o livro ''TUBARÃO'' é muito melhor que o filme.

Eu havia lido na imprensa algumas coisas que são diferentes no filme:

spoiler: - Os soldados do SEAL são avisados 1 dia antes da operação, porém o que eu havia lido na imprensa é que foi construída uma réplica da casa para os soldados treinarem à exaustão dias e dias. - O cachorro foi uma das mais valiosas ferramentas dos soldados, era treinado especificamente para saber se havia alguém atrás de uma porta, em silêncio. Isso não aparece no filme, o cão mal aparece. FATO: O que os soldados fizeram no Paquistão foi puro e simples assassinato motivado por vingança, não pretendiam capturar ninguém, e isso fica bem claro no filme. CURIOSIDADE: A agente responsável pela investigação passou 12 anos obcecada por este caso, que foi seu único, deste que entrou para a CIA após completar o ensino médio.

mais do mesmo. com menos qualidade técnica e uso excessivo de clichês. mais um enlatado americano

Um filme lento, mais muito bom, que segue em um crescente até o ataque final ao homem mais procurado pelos Estados Unidos. Muito interessante as passagens do tempo e as mudanças em todo o período de 10 anos de buscas, mas pessoas e na forma de como obter resultados. Mais um filme concorrendo ao Oscar deste ano que é muito bom.

Filme excelente. Descreve com perfeição a caça ao Osama Bin Laden. Um otimo Roteiro e uma boa Direção. Um grande filme.

Se você quer sair de sua casa e ver um filme teoricamente previsível, esqueça: A HORA MAIS ESCURA não é mesmo esse filme, embora você possa pensar que sim porque o tema é bem conhecido sobre o 11 de setembro e a busca pelo psicopata e terrorista mundial Bin Laden. O filme já começa muito tenso, com a tela em preto e relatos de algumas vítimas com áudios reais. E vai tomando uma forma em que mergulhamos de vez na estória como se a gente não soubesse o fim. Sim, eu, você e todo mundo passa participar de alguma forma da estória, quase de forma real, como se ela estivesse acontecendo ao vivo! Claro que tem cenas de tortura, mas elas são mais de cunho psicológico mesmo, faz parte de um roteiro muito inteligente proposto pelo diretor do filme...
As quase 3 horas de filme a gente nem percebe de tão excelentes que são os atores principais. O prêmio de Oscar de Jéssica Chastain é praticamente inevitável, ela rouba toda a atenção do filme que também possui outras grandes feras do cinema em seus respectivos papéis. Mas Jéssica é, entre outros, o lado feminino, investigativo, doce e justo que o filme necessita pra não ficar tão denso e tenso o tempo inteiro. Ela representa a busca incessante pela justiça americana dos fatos, e isso por si só já vale o filme e é a cara de Hollywood, evidente!
As cenas de explosões são fantásticas e realisticamente muito bem feitas. Não tem quem não saia da sala sem levar sustos por todos os lados. Lugares explodem, a verdade explode e o terror explode de uma hora pra outra! Enfim, adorei e espero que vocês se "divirtam" com um filme de ótima grandeza cinematográfica que mostra a vida como é ela, sem poesia, cru!!! Como é bom ver filmes dessa qualidade, pena que basicamente só passam às vésperas de um Oscar, mas de qualquer forma, está valendo sair de casa pra ver filmes assim! Tenho dito, André Nocchi.

Admito que eu não esta afim de assistir este filme, mais acabei assistindo e sentindo uma emoção extrema, A Hora mais escura é um filme totalmente diferente de todos que já assistir sobre terrorismo, e um filme Forte!, Impactante!, deslumbrante!, 2 horas e 37 minutos passaram muito rápido, foi como uma bala de tão rápido, isso por que eu estava encantado com a beleza que a Kathryn Bigelow criou, com Jessica Chastain (Ela é uma atriz arrebatadora) no elenco o filme si tornou mais envolvente.

O que tem acontecido ultimamente e o seguinte: a Academia indica um dos filmes que aborda o tema guerra para indica-lo ao Oscar. Neste caso, o filme nao e ruim, tem um roteiro criativo e ate tenta complicar um pouco. Ou seja, na verdade o enredo poderia ser resumido em meia-hora, mas com as nuances de investigacoes e conflitos burocraticos nos escritorios dos diretores da CIA, a problematica ganha mais tempo.

Na verdade, o que os EUA querem e vender a ideia de que a guerra ao terror valeu a pena (e vale).

Quanto a indicacao da protagonista ao Oscar de melhor atriz, no meu ponto de vista, so pode ser uma brincadeira de mau gosto, porque ela passou bem longe disso! O papel nao combinou com a sua pessoa, e nem com o contexto do filme. Tenho as minhas duvidas se realmente as mulheres possuem papeis tao determinantes assim nos altos escaloes dos comandos das forcas armadas.

Um thriller brilhante, bem trabalhado e com um roteiro bem estruturado, A Hora mais Escura descreve a caçada a Osama Bin Laden com inteligência e detalhes.

Bom filme, dá uma noção exata de como a CIA penou para achar o terrorista. As cenas de tortura eu achei até que foram leves demais, acredito que tenha sido muito pior do que o que foi mostrado visto que a mídia divulgou alguns fatos que escandalizaram a população norte americana. Muito boa a sequência em que a atriz Jessica Chastain começa a "lembrar" quantos dias está esperando para ter inicio a caça ao Osama, já que ela depende de autorização de seus superiores para a ação. O fato dela ficar escrevendo o número de dias que vão passando com batom no vidro da sala de seu chefe deu um charme a mais no filme. Não indicaria para o oscar de melhor filme (prefiro Django Livre) mas é um ótimo passatempo para quem gosta de suspense.