A Fonte das Mulheres: Críticas

Um filme muito bem feito. Ele serve tanto para mostrar a realidade de um povo, quanto para evidenciar o papel de uma mulher numa sociedade. Ele é bem atuado, escrito e dirigido, ou seja, beira ao impecável.

Um filme revolucionário e extremamente contagiante.
O cenário do filme diz muito sobre o conteúdo, pois a trama rodeia a falta de água no pequeno vilarejo e se engancha em Leila, a estrangeira que cria voz perante uma cultura de tradições tentando mudar aquilo que os aldeões consideram como normal. E, sua coragem contagia o espectador que observa a repercussão de seu ideal durante o desenvolvimento do filme, e as notórias consequências de sua influência nas outras mulheres.
Uma cultura rica de novidades que enchem os olhos daqueles que estão acostumados somente com filmes hollywoodianos.
A você que enfrenta confrontos diários tentando firmar seus ideiais, assista, é muito inspirador. E você que é somente um espectador comum, assista também, pois o que não falta é entretenimento nas relações entre as mulheres da aldeia.

Simplesmente esplêndido! Trabalha com temas fortes e reais, mas sem abrir mão da beleza e de toques de magia. Veria muitas vezes mais.

spoiler:
muito legalllllllllll!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O filme “Fonte das mulheres”, no momento inicial, observa-se alguns valores considerados indispensáveis ditos como valores materiais, tal como o principal tema abordado no filme: a conquista pela água, já que esta é indispensável para suprir as necessidades do nosso corpo, assim como os alimentos. Ainda observando uma crítica na utilização de valores dispensáveis, onde não tinha água, mas ainda assim era constante o uso do celular.
Nota-se a beleza da cultura presente na aldeia, caracterizando os valores estéticos, vistos no colorido e na expressão da dança, da música e arquitetura que lembravam ruinas antigas esculpidas pelo tempo. Um importante valor observado foi a literatura, presente no ensino da escola, e também na conquista da leitura inicialmente tida por Leila, o que propiciava um maior entendimento pelo fato de ser mulher.
Na cena em que Leila conta a verdade sobra a sua honra ao seu marido, são expressos os valores morais, que nos permite uma vida social direita. A falta de justiça foi notada nas cenas, onde as autoridades locais não queriam enxergar os problemas presentes na aldeia, como o encanamento da água. As mulheres da aldeia resolveram fazer greve de amor, até que os homens fosse buscar água, devido ao perigo do percurso, onde muitas mulheres perderam seus filhos caindo nas pedras, conquistando essa vitória, elas passariam ter liberdade e ter uma voz na aldeia.
Não havendo leitura no meio da aldeia tudo que era lido no alcorão e interpretado pelo sábio era acatado pelos habitantes. As mulheres viviam sob condições mais que submissas, onde eram consideradas apenas escravas férteis. Os homens não aceitavam a greve devido ao fato de se basearem no alcorão, que dizia que os homens não poderiam desperdiçar o seu sêmen sobre a terra, tornando assim o fato da greve desesperador para os mesmos a ponto deles violentarem suas próprias mulheres.
Após o debate de Leila e o sábio com base no alcorão, mostrando os verdadeiros valores femininos, as mulheres puderam obter a conquista, onde providências formam tomadas em relação a água, e a luta pela fonte das mulheres chegava ao fim.
Indicamos esse filme a todos os públicos, por ser um filme de linguagem clara, onde aborda assuntos polêmicos, como a mulher no centro de discussão, machismo, religião, etc. Ainda em meio a toda a trama, é possível notar, imensos valores estéticos, arquitetônicos, pois o filme também procura mostrar um pouco da cultura da comunidade. As curiosidades mostradas através da dança, da música, das cores, cativam os olhares dos amantes e descobridores de culturas estrangeiras. Dessa forma vale a pena conferir o filme , não deixando de analisa-lo com um ponto de vista crítico.

Sâmella Araújo e Letícia Trindade