Uma Noite Fora de Série: Crítica AdoroCinema

Imagine um casal cansado da rotina familiar, onde falar de gases já não incomoda mais, dar uma babada na frente do outro é coisa corriqueira e o sexo está quase em extinção. Essa era a vida de Phil (Steve Carell) e Claire (Tina Fey) até o dia em que, para quebrar esta rotina, resolveram usar o nome de outro casal para pegar uma mesa reservada num badalado restaurante e acabaram virando alvo de uma violenta e trapalhada perseguição pelas ruas de Nova York.

O título brasileiro Uma Noite Fora de Série foi feliz e traduz bem o filme. Com diálogos rápidos (muito duplo sentido) e boa química entre os atores (alternando as escadas), o longa tem ritmo frenético e pede "licença" em vários momentos para você embarcar nesta história absurda, porém divertida. Não dá para crer, por exemplo, na ideia deles de procurar o verdadeiro casal para resolver a questão. Muito menos acreditar nas sequências hilárias de tiroteios e perseguições pela big apple. O objetivo é fazer rir. E a não ser que você esteja tomado (a) por um mal humor supremo, vai dar uma risada com a dificuldade de Phil em falar palavrões ou na hora em que os dois, disfarçados, encaram uma lap dance. É de chorar. De rir.

No elenco, nomes e rostos conhecidos como James Franco, Mark Wahlberg, Taraji P. Henson, Mark Ruffalo, Mila Kunis e Will i Am, do grupo Black Eyed Peas, trilha sonora de uma das cenas de ação com o hit “I Gotta a Feeling”. Entre as curiosidades, a citação dos nomes da cantora Cindy Lauper e da sumida atriz Jeanne Tripplehorne (Instinto Selvagem). Apesar do roteiro cometer um pequeno vacilo quando eles param o carro para discutir a relação durante uma fuga, em linhas gerais a história que se passa numa noite funciona bem e diverte. Assim, dá para afirmar com segurança que Uma Noite Fora de Série não é para se levar a sério e só... rir.