Até uma animação infantil e ingênua como Ponyo, de Hayao Miyazaki, consegue nos fazer pensar em vários temas ao mesmo tempo. Se em um primeiro plano é uma aventura ecológica, onde o desrespeito do homem pelo meio ambiente é colocado em xeque quando Ponyo um pequeno peixe filho de um pai controlador e sua mãe-natureza decide se tornar humano e acidentalmente inicia um novo ciclo de crescimento marítimo que pode acabar com a predominância dos homens (nos mares e na Terra), em um segundo plano é um filme sobre aceitarmos o diferente. O respeito aqui faz rima com amor incondicional, onde pode-se até especular que esse amor ao diferente pode vir de qualquer lugar, até de minorias como homossexuais.