Um bom filme, mas que poderia ser melhor. De qualquer forma um ótimo entretenimento. Vou citar alguns fatos que foram omitidos ou alterados no filme que me incomodaram um pouco (acontecimentos a seguir contém spoilers):
*Lorde Boreal contando que Lyra iria ser usada para atrair crianças, além dela descobrir por um estudante presente na festa dada pela Sra. Coulter que ela fazia parte do Conselho de Oblação.. No filme ela descobre por documentos que provavam o envolvimento da Sra. Coulter com os Papões em um "quarto proibido";
* A intercisão de Tony Makarios, que no filme foi descrita como se tivesse sido Billy Costa;
*Os deamons na Caixa de Vidro em Bolvangar;
*História do relacionamento entre Serafina Pekkala e Farder Coram;
*O cativeiro onde Lyra ficou com Jotham Santelia, que contou que Iofur desejava ser humano e pretendia ter seu próprio deamon, além de contar que ele tinha medo de Lorde Asriel e o deixava com seus equipamentos para continuar suas pesquisas;
*O cativeiro de Lorde Asriel e a conversa explicativa que ele teve com Lyra sobre o Pó, sobre a intercisão, os Papões e outras questões levantadas durante toda a trama;
*O confronto final entre os ursos, as bruxas, e os soldados do zepelim da Sra. Coulter;
*A cena final, com o beijo apaixonado da Sra. Coulter e de Lorde Asriel, e especialmente a morte de Roger e a caminhada de Lyra em direção ao céu para descobrir o que era o Pó definitivamente. O final mostrado no filme com a intenção de dizer que uma possível sequência poderia acontecer teria um efeito igual com o final original, porém muito mais impactante e satisfatório.
Uma das coisas que não entendi o motivo foi a inversão da parte de Bolvangar com a de Svalbard sem uma lógica, assim como a omissão de personagens e fatos, especialmente os citados acima. O roteiro, na intenção de acelerar o filme e deixar fatos de lado, também apresenta furos e deixa dúvidas a quem não leu os livros.
É um bom filme, tecnicamente perfeito, especialmente com uma ótima fotografia, figurino e direção de arte. Quantro à história pecou em algumas partes, mas as princiapis cenas (exceto o final) estavam presentes e foram muito bem dirigidas.
O elenco foi muitíssimo bem escolhido, especialmente a ótima Dakota Blue Richards, apesar que Daniel Craig e Nicole Kidman foram mal aproveitados. Porém o grande defeito desse filme foi a intenção de Chris Weitz em condensar demais o filme em cerca de 1:40 minutos. O filme ficou muito corrido e passou muito rápido. O filme teria que seguir a linha de Harry Potter no quesito duração e ter em média 2:20/2:30 minutos de duração. Todos os fatos acima citados e além de outras cenas de menor importância seriam inclusas tranquilamente com mais tempo de projeção e resolveria todos os problemas, especialmente perante a fãs dos livros de Philip Pullman, como eu. Nós que apreciamos um livro, quando sabemos que ele vai ser adaptado ao cinema temos um grande medo dele ser desfigurado completamnete. A fifelidade ao livro é de fundamental importância. É claro que não há como deixar perfeitro, já que é uma adaptação para outra linguagem, mas pelo menos os fatos principais de cada capítulo, a não omissão de personagens e a não alteração de acontecimentos é sempre o mínimo que esperamos.
Confesso que esperava mais do filme, mas não chega a ser uma decepção. Para quem não leu o livro é um filmaço, mas para quem leu fica aquela ponta de frustração em algumas partes. Porém continuo achando que mais 40 minutos o deixariam quase perfeito no quesito fidelidade. De qualquer maneira recomendo que não deixem de assistir e apreciar o mundo maravilhoso criado por Philip Pullman.