Concordo 70% com o comentário do Arthur. Algumas observações pessoais: a obra de O'barr foi iniciada em 1981 - corrijam me se eu estiver equivocada, por favor - sofreu censuras e períodos de hiato devido ao sofrimento do autor etc. Recentemente ele lançou a edição definitiva com tudo o que ele queria!
A obra de O'barr é psicótica se observarem nas entrevistas, poucas por sinal, o autor demonstra claro desequilibrio emocional quando fala sobre a própria produção! Eric Draven na HQ passa longe de um vingador .... Justiceiro ou seja lá o que for, ele é insano o que não fundamenta a justiça, ao contrarío a joga na lama junto dos proprios antagonistas da historia. É lógico que todo o contexto é uma expressão de raiva ódio culpa que o autor sentiu (ou sente até hoje) sobre a morte da noiva, agravados obviamente com a trágica morte do Brandon Lee.
O que Brandon fez na produção cinematográfica foi conceber um personagem mais leve e romântico, com um certo resquício de bom senso (ele poderia ter estourado os miolos do Sr Giddeon na loja, o que não fez). Talvez a palavra mais adequada seja "humanidade" kkkk se que podemos aplicar la!
Brandon não era um ator de Oscar é óbvio mas é nítido seu esforço para dramatizar de forma assertiva o personagem até mesmo porquê sofria com o estigma do próprio pai - ator e produtor de produções de artes marciais somente (O'barr mesmo nao o aceitou de imediato como protagonista pois não quería que sua obra virasse um filme de Kung Fu), mas, ao conhecer Brandon afirmou que ele era perfeito para o papel por se entregar profundamente ao personagem.
Comparações a parte, foi Brandon, na sua modesta representação que eternizou a obra de O'barr, caso contrário, acredito, não seria uma HQ CULT. E por último, más não menos importante, Brandon era sim muito carismático e envolvente, uma personalidade quase enigmática (fica difícil determinar onde o garotinho herdeiro do legado do grande Bruce Lee termina e o ator em construção Brandon Lee começa).