Sempre nos esquecemos que existe, mas há 8 anos a Netflix ressuscitou uma série mítica de ficção científica: Uma aventura de 3 temporadas no espaço
Giovanni Rodrigues
-Redação
Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

Uma aposta ambiciosa no gênero em um momento em que a plataforma passava por um de seus melhores momentos.

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Em meados dos anos 60, uma famosa série de ficção científica chamada Perdidos no Espaço deu alguns passos gigantescos ao demonstrar que todo gênero podia ter espaço na televisão. Naquela época ainda faltava um ano para a estreia de Star Trek, que lhe fez bastante sombra em seu momento, e, embora a série ainda estivesse longe de ser espetacular, era especialmente cara para a época, com um custo inicial de 130 mil dólares por episódio que depois começou a aumentar. Finalmente, de fato, Perdidos no Espaço, que foi desenvolvida por Irwin Allen para o canal CBS e que narrava as aventuras de uma família de colonos espaciais que por sua vez era baseada no romance O Robinson Suíço de 1812, foi cancelada justamente por isso: para o canal estava muito caro mantê-la no ar.

O que então ninguém jamais teria imaginado é que exatamente 50 anos depois de seu cancelamento seria desenvolvido um reboot pela plataforma de streaming de maior sucesso do momento. Mas assim foi: a Netflix lançou sua própria Perdidos no Espaço em 2018 e, assim como a original, teve três temporadas na plataforma.

Escrita por Matt Sazama e Burk Sharpless com Zack Estrin como showrunner, a tentativa da Netflix de ressuscitar o clássico de ficção científica não foi a única. Em 1998 foi lançado um filme estrelado por Matt LeBlanc e William Hurt que não teve muito sucesso e em 2004 tentou-se fazer um remake televisivo que acabou ficando apenas em um episódio piloto.

Na nova Perdidos no Espaço, enquanto a Terra agoniza em 2046, a família da engenheira espacial Maureen Robinson (Molly Parker) decide se juntar a um grupo de colonos com a missão de começar a povoar outro planeta e assim recomeçar. Assim, embarca para o espaço com seus três filhos Judy (Taylor Russell), Penny (Mina Sundwall) e Will (Maxwell Jenkins), e com seu marido John (Toby Stephens), com quem não passa por seu melhor momento. Depois de um incidente, abre-se uma fenda no contínuo espaço-tempo que transporta os Robinson para outra galáxia, onde realizam um pouso de emergência em um planeta alienígena. Enquanto enfrentam todo tipo de perigos ali, fazem todo o possível para abandonar este mundo fascinante mas mortal o mais rápido possível.

Embora Perdidos no Espaço não seja uma das séries mais populares da Netflix e, de fato, frequentemente nos esquecemos de mencioná-la quando falamos das produções de ficção científica da plataforma, o certo é que em seu tempo o remake foi objeto de grande expectativa. Então a plataforma de streaming passava por um grande momento e os trailers da série tinham uma aparência excelente.

Infelizmente, então a Netflix não oferecia nenhum tipo de dado sobre as audiências de suas séries, então não sabemos ao certo como se encaixou entre o público, mas sua rápida renovação para uma segunda temporada foi a melhor pista de que a série havia, no mínimo, cumprido com o que a Netflix esperava dela. Foi bem recebida pela crítica? Em linhas gerais sim, mas não foi uma série para se jogar fogos de artifício. A primeira temporada tem uma pontuação no Rotten Tomatoes de 68% de acordo com 74 avaliações, enquanto na segunda e terceira são muito mais altas, mas de acordo com muito menos avaliações.

Segundo a crítica de 3,5/5 estrelas publicada em seu momento pelo SensaCine vistos os primeiros episódios, nos encontramos diante de uma série que "tem potencial para entreter de sobra e fazer desfrutar como crianças os amantes do gênero e da série original".

A série está completa na Netflix.

*Conteúdo Global do AdoroCinema

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