O Senhor dos Anéis, Star Wars e outros sucessos de bilheteria da Marvel tem a tela verde em comum junto com um outro filme menos conhecido.
Able Edwards é um filme de ficção científica retrô que conta a história de um clone de um magnata do entretenimento ao estilo Walt Disney, criado para reviver a antiga glória da empresa de seu falecido antecessor.
Em uma missão para restaurar o entretenimento ao vivo em um mundo completamente virtual, o clone percebe que ainda não aproveitou sua própria existência. Lançado em 2004 e produzido por Steven Soderbergh, este filme tem duas características: é filmado inteiramente em uma tela verde e quase ninguém o viu!
A tela verde é o negócio dele!
Este filme retrô — que é uma homenagem a Howard Hughes e aos filmes B dos anos 50 — foi dirigido por Graham Robertson, que trabalhou inicialmente como cenógrafo e diretor de arte. Ele é conhecido por ter criado, junto com seu amigo Philip Stark, um mashup divertido do icônico comercial "Whassup?" da Budweiser, posteriormente parodiado em Todo Mundo em Pânico.
O vídeo que rapidamente viralizou, combina a estética do filme com trechos de Super Friends, animação da Hanna-Barbera que marcou os anos 70 nos Estados Unidos. O desenho reunia versões animadas de heróis como Superman, Mulher-Maravilha e outros integrantes da Liga da Justiça, conquistando uma legião de fãs nostálgicos.
Muito discreto em seu lançamento nos cinemas, Able Edwards não teria o sucesso de blockbusters posteriores que usariam a técnica de tela verde. Mas teria o conforto de ser premiado com um Asteroide de Ouro no Festival de Cinema Science+Fiction, além de entrar para o Guinness World Records como o primeiro longa-metragem filmado inteiramente em estúdio de tela verde.
Uma experiência que inspiraria o cineasta a escrever o manual Desktop Cinema: Feature Filmmaking on the Home Computer, que explica passo a passo como fazer seu próprio longa-metragem em um computador Apple Macintosh — um pouco ultrapassado na era da IA, mas diabolicamente instrutivo! Este amante da ficção científica fez isso novamente em 2019 com Rockmond Dunbar: um curta-metragem em que o herói tem uma máquina do tempo quebrada em sua garagem.