Ferrari: Quem foi Alfonso de Portago? Personagem de Gabriel Leone mudou as regras do esporte na vida real
Giovanna Ribeiro
-Redatora
Aprendeu com Amélie Poulain a ir ao cinema sozinha às sextas e observar a reação do público. Mas, no fundo, queria mesmo era ser o Rocky Balboa.

Filme dirigido por Michael Mann sobre Enzo Ferrari, já está em cartaz nos cinemas brasileiros.

Ferrari, de Michael Mann, acaba de chegar aos cinemas. O longa-metragem estrelado por nomes como Adam Driver, Penélope Cruz e o brasileiro Gabriel Leone, conta a história de vida do poderoso empresário italiano de carros esportivos Enzo Ferrari (Driver), e como a marca e sua família revolucionaram a indústria automotiva.

Ferrari, de certa forma, ajudou a criar o conceito das corridas de Fórmula 1, em uma época em que a paixão e a romantização do esporte, falavam mais alto do que a segurança dos corredores - e até do público. Foi necessária uma tragédia, para, enfim, alguns limites serem traçados dentro da modalidade. E Alfonso de Portago, interpretado por Gabriel Leone, foi decisivo para tal.

“Olhei para aquilo e lembrei da minha infância com meu pai”: Gabriel Leone teve momento inesquecível em set de Ferrari

Quem foi Alfonso de Portago na vida real?

ATENÇÃO: A PARTIR DAQUI, VOCÊ ENCONTRARÁ SPOILERS DE FERRARI

Alfonso De Portago (Gabriel Leone) já era um motorista popular. Espanhol de família rica, ele, como muitos colegas de profissão, corria por paixão. E assim como o filme retrata, o corredor namorava a estrela de Hollywood Linda Christian (no filme, Sarah Gadon). A edição de 1957 foi a terceira tentativa de Portago na Mille Miglia - uma corrida ao longo das estradas abertas do interior italiano.

Ele e seu navegador Edmund Nelson (vivido por Erik Haugen) já haviam tentado a prestigiosa corrida de resistência antes, mas nunca conseguiram terminá-la. Ou seja, nenhum deles conhecia todo o percurso. Mesmo assim, eles entraram na corrida sob muita expectativa.

No entanto, na última parada, Portago recusou-se a trocar os pneus, apesar da insistência dos técnicos da Ferrari. Ele seguiu em frente, cruzando a cidade de Guidizzollo, até que um dos pneus estourou. Isso fez com que a Ferrari "decolasse", girando no ar.

O filme, em suas cenas finais, retrata o acidente chocante de 1957, em uma representação bastante precisa. Tanto o motorista quanto o navegador e nove espectadores – incluindo cinco crianças – morreram. E o corpo de Alfonso De Portago teria sido encontrado próximo aos destroços, despedaçado. Este triste episódio mudou o esporte para sempre.

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Na década de 1950, era considerado natural nas corridas, os pilotos arriscarem ​​suas vidas. O acidente de Portago, em 1957, marcou a última Mille Miglia. O governo italiano proibiu as corridas de resistência em estrada aberta. Quando as notícias do acidente começaram a aparecer, Enzo Ferrari foi naturalmente questionado pela imprensa. Todavia, a culpa não foi, diretamente, de Ferrari. E sim, uma falha generalizada de medidas de segurança para os pilotos e espectadores. A empresa foi então absolvida de todas as acusações.

Esta proibição das corridas em estrada aberta foi um primeiro passo importante, assim como a obrigatoriedade de assentos adequados para espectadores. Infelizmente, o automobilismo ainda registrou outros acidentes fatais nas décadas seguintes, incluindo a perda da lenda brasileira Ayrton Senna, em 1994 - o que também ocasionou uma série de adaptações nos carros, para proteger ainda mais os pilotos.

Ferrari já está em cartaz nos cinemas.

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