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    The Walking Dead: Confira nossa crítica da quinta temporada da série

    Quinto ano da série com zumbis chegou ao fim no último domingo, 29 de março.

    Após o ataque à prisão pelo grupo do Governador, Rick viu seu grupo ser completamente separado. Outros grupos se formaram e aos poucos, eles iam se encontrando na medida que todos estavam seguindo o mesmo caminho até Terminus. A quarta temporada chega ao fim justamente quando quase todos se reencontram no local, que eles descobrem ser algo muito diferente do paraíso prometido. O quinto ano de The Walking Dead começa justamente neste ponto. Eles estão juntos, mas em perigo. 

    O primeiro episódio da temporada, chamado No Sanctuary, coloca em risco boa parte do grupo, mas eles conseguem se safar e seguem em frente. Eles se abrigam por um tempo em uma igreja, onde entram em contato com um misterioso padre. Depois, com muitos corpos ficando pelo caminho, eles seguem viagem e acabam em uma nova comunidade, em que retomam contato com várias atividades banais da vida humana.

    Estamos diante de mais uma ótima temporada de TWD. Conta com momentos irregulares e com alguns núcleos que não empolgam tanto, mas não falta ação e um bom drama. Por sinal, Rick Grimes é um dos personagens mais complexos da TV americana. A transformação de Rick, reforçada nos últimos episódios, pode ser comparada a de Walter White em Breaking Bad. Ele ainda está longe de ser considerado um vilão, mas já não podemos chamá-lo de mocinho.

    A série segue deixando corpos pelo caminho, mas a verdade é que os personagens mais queridos pelo público continuam de certa forma protegidos pelo roteiro, o que é uma diferença clara da série para Game of Thrones. Isso fica claro no último episódio, quando três dos protagonistas são colocados em situação de completo risco e ainda sim sobrevivem.

    A quinta temporada conta com momentos empolgantes, mas possui um peso dramático inferior à anterior. Não há nada tão impactante aqui quanto no episódio The Grove, do quarto ano, em que Carol tem que lidar com um problema envolvendo a pequena Lizzie.

    Depois de tanto tempo lutando para sobreviver, Rick e sua turma descobrem um oásis da normalidade, um local em que podem viver pacificamente e retomar atividades de seu dia a dia. Isso acontece já na segunda metade da temporada, que é bem mais interessante e eficiente que a primeira. Rick, Michonne, Daryl e companhia são recebidos de braços abertos por uma nova comunidade, que não possui uma figura ameaçadora como o Governador. Mas aos poucos, vamos percebendo que eles já não conseguem deixar o passado para trás. Eles conhecem como poucos o mundo de fora daqueles muros. Ao chegar no local, Rick logo faz a barba e coloca uma roupa limpa. Quando chegamos no capítulo final, a situação já é muito diferente.

    Pela primeira vez, o espectador é colocado no posto de um jurado, que deve decidir se a conduta de Rick é correta. Como acompanhamos sua saga há cinco anos, é inevitável que fiquemos ao seu lado, mas isso não significa que não possamos refletir se sua conduta não é mesmo exagerada.

    Não economizando no banho de sangue, o quinto ano de TWD é, de certa forma, o mais pessimista de toda série. Eles não estão diretamente ameaçados, não estão separados e nenhum grande nome se foi, mas estamos cada vez mais certos de que nosso protagonista está cada vez mais abraçado com um universo sombrio.

    Por motivos óbvios (de poder matar nomes importantes aqui acolá), The Walking Dead sofre com o excesso de personagens. Tara, Eugene, Bob, Rosita, Noah... É difícil acreditar que sejam os personagens favoritos de alguém. As tramas de Sasha e Padre Gabriel ganham força no final da temporada, mas deixam o público querendo avançar a história para ver o que acontece com Rick, Carol ou Daryl.

    Tecnicamente, estamos diante de uma das séries mais bem produzidas da TV americana. Os cenários são incríveis e o trabalho de direção de arte é fantástico. É impossível não destacar também os trabalhos de maquiagem e figurino, não só dos zumbis, mas também dos vivos.

    O elenco também merece destaque, principalmente Andrew Lincoln (Rick), Norman Reedus (Daryl) e Melissa McBride (Carol). Por sinal, é incrível que nenhuma premiação tenha voltado seus olhos para TWD nas categorias de atuação. Melissa já merecia indicações ao Emmy, ao SAG e ao Globo de Ouro pelo magnífico trabalho no ano quatro da série.

    Estamos diante de uma série muito bem pensada. Não é coincidência que os melhores episódios estejam no início, no meio (o massacre na igreja) e no fim da temporada. Faz com que bobagens como aquele episódio em que vários mortos reaparecem sejam esquecidos facilmente. Agora, é esperar que o sexto ano chegue logo, afinal já sabemos que estaremos diante de uma nova e misteriosa ameaça.

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