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    Comic-Con Experience 2014: Marco Polo, nova série da Netflix, investe em kung fu com fundo histórico

    O lançamento dos 10 episódios da primeira temporada ocorrerá já no próximo dia 12.

    Um mundo exótico, onde se fala uma língua estranha, bastante violento e com uma boa dose de sexo, incluindo cenas de nudez frontal. Não estamos falando de Game of Thrones, mas sim da nova série original produzida pela Netflix: Marco Polo. Ela foi o tema central do painel da empresa realizado nesta sexta na Comic-Con Experience.

    Antes mesmo da aparição do produtor executivo Patrick Macmanus e dos atores Lorenzo RichelmyOlivia Cheng e Chin Han, convidados especiais do evento, o público presente pôde assistir ao ainda inédito primeiro episódio de Marco Polo. Tendo como pano de fundo a história real do famoso explorador italiano, o episódio inicial já apresenta uma das principais características da série: a aposta firme no exotismo, tanto nas paisagens quanto na cultura. Não foi à toa que boa parte da série foi rodada no Cazaquistão.

    Logo de início é apresentado como Marco Polo deixou sua casa em Veneza e foi parar no reino de Kublai Khan, descendente de Genghis Khan e que controla boa parte do continente asiático. É lá que ele é apresentado à arte do kung fu com um exímio lutador cego, que lembra um pouco o Zatoichi de Takeshi Kitano. Conspirações palacianas e o sexo como meio de se conseguir algo também integram o ambiente da série.

    Apesar das semelhanças estruturais com Game of Thrones, o protagonista Lorenzo Richelmy descartou qualquer comparação. "Amo Game of Thrones, é a melhor série da atualidade. Mas é como comparar Django com O Último Samurai. Há espaço para todos. Temos sexo e violência, mas de uma maneira significativa. E, ao mesmo tempo, você aprende mais sobre história."

    Lorenzo ainda contou que as filmagens ocorreram em ordem cronológica, seguindo o que acontece a cada capítulo. Isto permitirá que o público possa acompanhar sua melhora contínua tanto na língua inglesa quanto no lado físico, já que aos poucos foi ganhando desenvoltura no kung fu. "No início meu inglês se resumia a 'sou Lorenzo, prazer em te conhecer'. E eles acreditaram em mim ao me dar o papel. É a primeira produção americana sem atores americanos, o que é algo muito estranho para o sistema americano", comentou.

    O painel contou ainda com a exibição de vários clipes, que ressaltam lutas envolvendo não apenas Marco Polo, mas também Mei Lin e Jia Sidao, interpretados por Olivia Cheng e Chin Han. Os três atores simularam golpes de kung fu no palco, levando o público ao delírio. Apesar do clima de conspiração reinante, Olivia disse que não é este o tema principal da série. "O tema da série não é o ódio, mas a diferença."

    Curiosamente, foi através dos clipes exibidos que se pôde perceber melhor o grau de violência de Marco Polo. Cenas bastante sangrentas e com uma decapitação mostrada em detalhes estarão na primeira temporada. Outra sequência que arrancou aplausos foi uma elaborada cena de luta em que Olivia Cheng está completamente nua. A atriz, lisonjeada, agradeceu ao público simulando, com o casaco que usava, o modo como se despe na própria cena.

    Produzida em parceria com a The Weinstein Company, Marco Polo terá os dez episódios da primeira temporada disponibilizados na Netflix já em 12 de dezembro deste ano. A direção do episódio piloto é da dupla Joachim Ronning e Espen Sandberg, do indicado ao Oscar A Aventura de Kon Tiki e o ainda inédito (e aguardado) Piratas do Caribe 5.

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