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    "Eles existem, mesmo durante o apocalipse" A série The Last of Us é importante para as pessoas LGBT+, Bella Ramsey explica por quê
    Giovanni Rodrigues
    Giovanni Rodrigues
    -Redação
    Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

    Apesar dos constantes comentários homofóbicos, muitos espectadores e críticos receberam bem a representação de personagens LGBTQIA+ em The Last of Us.

    Apesar dos constantes comentários homofóbicos, muitos espectadores e críticos receberam bem a representação de personagens LGBTQIA+ em The Last of Us. Esse também é o caso de Bella Ramsey, intérprete de Ellie e estrela do programa da HBO, que faz parte da sigla.

    TLOU, um novo olhar sobre pessoas LGBTQIA+

    No início do ano, foi lançada a adaptação televisiva de The Last of Us, um projeto de grande escala apoiado pela HBO que foi um sucesso entre os espectadores, fossem eles fãs ou não do game da Naughty Dog. Se o programa permanece bastante fiel, pelo menos nas linhas principais, à narrativa da primeira obra, os produtores decidiram, no entanto, se afastar dela em alguns momentos. É o caso, por exemplo, do popular episódio 3, que coloca em cena a vida de Bill e Frank.

    Esse episódio nos permite vivenciar alguns momentos de poesia e ternura na história pós-apocaliptica de The Last of Us, momentos proporcionados por uma bela história de amor entre dois homens. A representação de tais personagens é uma questão real para as produções culturais contemporâneas e, de acordo com parte do público, mas também com Bella Ramsey, o programa respondeu da melhor maneira. Em uma entrevista recente à L'Officiel, a jovem intérprete de Ellie voltou a falar sobre o tratamento dado aos personagens LGBTQIA+ na série e elogiou o viés dos produtores.

    HBO Max

    "Gays existem"

    Bella Ramsey teve a oportunidade de dar sua opinião sobre os personagens LGBTQIA+ em The Last of Us e, em particular, sobre o relacionamento entre Bill e Frank, mas também o de Ellie e Riley. A atriz, que se identifica como não-binária, disse que ficou mais do que feliz em ler o roteiro escrito por Craig Mazin e Neil Druckmann e que teria adorado sua personagem imediatamente.

    Lembro-me da descrição da personagem incluída no primeiro e-mail que falava sobre Ellie. Craig (Mazin) havia escrito em sua descrição algo como "ela é gay e não se importa", ou acho que as palavras exatas eram "não dá a mínima para o que você pensa". Adorei isso logo de cara.

    Bella Ramsey continua explicando como foi divertido ter dois episódios inteiros dedicados a personagens gays. Além disso, também explica por que acha que a série trata esses personagens com perfeição.

    Foi muito bom ter dois episódios realmente gays. Tipo, gays existem, então por que eles não deveriam existir durante o apocalipse? Eu realmente gostei do fato de não ter sido forçado. Era parte integrante da história e foi tratada de forma tão orgânica que não foi tipo: "ah, estamos incorporando esses personagens gays apenas por representação. Essa é a história, e é a história de duas pessoas que se amam, e isso foi lindo.

    Para Bella Ramsey, um dos grandes pontos fortes de The Last of Us seria, portanto, não tratar os personagens queer como um fim em si, mas sim contar belas histórias de amor que envolvem personagens LGBTQIA+ e minorias. Ramsey está finalmente falando sobre a questão principal da série, que, de acordo com seu criador Neil Druckmann, é menos sobre o apocalipse e zumbis e muito mais sobre o amor com A maiúsculo. O cerne da franquia, que logicamente deve ser encontrado na próxima temporada já encomendada pela HBO.

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