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    Morte de Bernardo Bertolucci vira piada de mau gosto e faz crítico de cinema ser demitido

    David Edelstein causou revolta nas redes sociais com seus comentários, que envolvem a polêmica cena de estupro de Último Tango em Paris.

    Vittorio Zunino Celotto

    Fim da linha para o crítico David Edelstein, um dos mais respeitados da cena jornalística dos Estados Unidos. Responsável pela seção de críticas cinematográficas da prestigiada revista New York Magazine, Edelstein foi demitido da NPR (National Public Radio), onde apresentava o programa "Fresh Air", após fazer uma "piada" de mau gosto com a morte do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, falecido no último dia 26 de novembro, aos 77 anos:

    "Até o luto é melhor com manteiga"

    Em sua postagem no Facebook, Edelstein referiu-se à polêmica cena de Último Tango em Paris, no qual Bertolucci e Marlon Brando decidiram filmar uma controversa relação sexual, que envolve o uso de manteiga como lubrificante, sem o consentimento da protagonista do drama erótico, Maria Schneider — anos depois, Bertolucci viria a confessar ter conspirado com Brando para humilhar a atriz no set do longa-metragem. A "piada" de Edelstein gerou revolta nas redes sociais, o que veio a custar o emprego do crítico.

    O jornalista, que deletou a postagem após a justa enxurrada de reações negativas quanto ao teor de seus comentários, pediu desculpas, declarando não ter ciência do trauma gerado pela cena em Schneider: "Agora percebo que foi uma piada de mau gosto e já a removi, e peço desculpas pelo comentário". A New York Magazine ainda não se pronunciou sobre o caso de Edelstein, que recentemente causou outra polêmica com comentários racistas em sua crítica de Green Book - O Guia.

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