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    Os cartuns políticos de Jim Carrey

    Comediante usa a arte para criticar o governo de Donald Trump e o Partido Republicano.

    Getty Images

    Quando foi tema do curta-metragem documental I Needed Color, que despontou na internet em 2017 e viralizou, muita gente teve contato com um outro lado de Jim Carrey. Além de ator, comediante e imitador de primeira, o astro que conquistou o público com atuações em O MáskaraTodo PoderosoO Show de Truman mostrou ser um talentoso pintor.

    Como artista plástico, Carrey tem mostrado que mantém a forte veia provocativa que marcou suas performances e tem usado o Twitter para divulgar seus trabalhos como cartunista político. Extremamente crítico ao governo de Donald Trump, o humorista não mede as palavras e os traços para criticar a administração do político magnata e de demais figuras do Partido Republicano.

    Uma das charges mais recentes de Carrey atraiu controvérsias e acusações de misoginia. "Este é o retrato de uma suposta cristã cujo único propósito na vida é mentir em nome dos ímpios. Monstruosa!", comentou o ator em uma imagem que parece aludir a Sarah Huckabee Sanders, porta-voz da Casa Branca. "O bully patético, sexista, odioso, preconceituoso e 'cristofóbico' Jim Carrey atacou a secretária de imprensa da Casa Branca por conta de sua fé", protestou Mike Huckabee, ex-governador do Estado do Arkansas e pai de Sarah.

    Os traços da suposta caricatura de Sarah Huckabee Sanders se alinham com as linhas expressivas do trabalho visual de Carrey. Recentemente o ator aludiu ao escândalo envolvendo Trump e a atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels.

    A ex-dançarina de striptease alega ter tido um caso com o presidente dos Estados Unidos em 2006, quando Trump já era casado com sua atual esposa, Melania. Daniels diz ter sido ameaçada por tentar falar sobre o assunto publicamente. Em 2016, poucos dias antes das eleições presidenciais americanas, Daniels afirma ter sido coagida a assinar um contrato de confidencialidade e recebido US$ 130 mil para não expor seu affair. Trump nega qualquer envolvimento com a atriz de filmes adultos, mas Michael Cohen, advogado do chefe de estado, confirmou o pagamento a Daniels. Democratas pedem que o caso seja investigado para que se esclareça se o pagamento pode ser considerado ilegal. Em sua charge sobre o caso, Carrey escreveu: "Cinquenta Tons de Decadência".

    Trump foi alvo de diversas outras sátiras visuais de Carrey. Confira algumas delas abaixo.

    "Cara, Smithsonian National Portrait Gallery, eu sei que é cedo, mas eu gostaria de inscrever este como o retrato oficial de nosso 45º presidente, Donald J. Trump. O quadro se chama 'Você Grita. Eu Grito. Quando vamos parar de gritar?'"

    "Se você gostou do meu último cartun você também vai gostar desse...

    A BRUXA MÁ DE THE WEST WING E OS MACACOS VOADORES DE PUTIN"

    "Não deveria mais ser uma surpresa para as pessoas que o Homem das Cavernas Trump contrataria uma pessoa como [Rob] Porter [advogado que trabalhou na Casa Branca], que foi acusado de agredir suas ex-esposas. Se você quer fazer coisas sórdidas, você contrata pessoas sórdidas. É assim que os sindicatos criminosos prosperam."

    "Eles salvaram ele, o controlaram e fizeram dele seu fantoche. Com Trump na Casa Branca, Putin pode vencer a 3ª Guerra Mundial sem dar um tiro."

    "Trump é o medo da total inutilidade escondida na arrogância e brutalidade."

    Carrey também usou um cartun para criticar os massacres nas escolas nos Estados Unidos e pedir leis mais rígidas para o controle de armas. Na arte acima, o ator usa as primeiras palavras do hino americano como legenda: "Oh, diga, você pode ver?!"

    "Hoje a juventude de nossa nação está exigindo o direito humano básico de ir à escola sem ter de morrer em nome da ganância. É hora do Congresso agir como adultos que merecem estar lá. APROVEM LEIS MAIS DURAS CONTRA AS ARMAS! PROÍBAM O RIFLE AR-15! PAREM DE RECEBER O DINHEIRO SUJO DE SANGUE DA NRA [Associação Nacional de Rifles]. JÁ CHEGA!", escreveu o ator no dia em que 500 mil pessoas tomaram as ruas de Washington para protestar contra a legislação vigente nos Estados Unidos na questão do porte de armas por civis.

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