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    Michel Gondry: "Às vezes me sinto esquecido"

    Em entrevista, diretor de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças falou sobre frustrações e incertezas: "Eu não sei se quero voltar para os filmes de grande orçamento ou não".

    Desiree Navarro / Getty Images

    O cineasta Michel Gondry foi tema de uma matéria publicada no site The Playlist onde ele fala sobre seus trabalhos mais recentes e analisa sua carreira.

    Mesmo mantendo um bom nível de produtividade nos últimos 15 anos, o diretor francês de 53 anos não é mais alvo dos mesmos holofotes que atrai com o clássico moderno Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças.

    "Às vezes me sinto esquecido", afirmou o realizador. Depois de fazer sua estreia na direção em A Natureza Quase Humana (2001) e vencer o Oscar de Oscar de melhor roteiro original por Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004), Gondry relizou obras como Sonhando Mesmo Acordado (2005), Rebobine, Por Favor (2008) e O Besouro Verde (2011).

    O filme mais recente do francês, o ótimo Micróbio & Gasolina (2015), por exemplo, foi um dos diversos longas que o cineasta lançou nos últimos anos que obteve bons elogios da crítica, mas passou quase despercebido pelo público em geral. "É um pouco desorientador", comenta o cineasta. 

    Gondry, que começou a carreira como um dos diretores de videoclipes mais geniais do formato, que tem um estilo visual lúdico e onírico, relembrou de um momento incômodo de sua carreira, quando produtores cortaram quase meia hora de A Espuma dos Dias para lançar o filme nos Estados Unidos. "Foi muito estressante. Nós estávamos perdidos nesta indústria. foi um pouco exaustivo".

    "Eu não sei se quero voltar para os filmes de grande orçamento ou não", diz Gondry, que fez Besouro Verde com um orçamento de US$ 120 milhões (e depois o longa arrecadou US$ 227 milhões nas bilheterias). "Não é algo que eu penso".

    Na matéria é revelado que o roteiro de Charlie Kaufman para Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças ficou na geladeira por muito tempo pois muitos estúdios acharam que seria caro demais financiar os efeitos especiais necessários para que a história fluísse bem nos cinemas. Entretanto, as técnicas de Gondry garantiram que a realização fosse possível. "Michel é um gênio da confecção de efeitos, então foi fácil propor uma abordagem diferente", disse James Schamus, ex-executivo de distribuição da Focus Features, que produziu o longa.

    Na entrevista, Gondry fala ainda não pretende mais dirigir filmes cujos roteiros ele não assina. "Na maior parte das vezes, eles não combinam com o que eu quero fazer", disse o cineasta. "Os roteiros geralmente tem um produtor relacionado, o que é triste".

     

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