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    Disney, Fox, Sony... Estúdios de Hollywood ameaçam boicotar a Geórgia por causa de lei anti gays

    O governador pode vetar o projeto de lei que permite a discriminação no Estado.

    Lucy Nicholson / Reuters

    O movimento começou com a Disney. A empresa americana, parceira de marcas poderosas como a Marvel e a Pixar, anunciou que boicotará o Estado da Geórgia caso seja aprovado o projeto de lei HB 757, permitindo a descriminação à comunidade LGBT com base em "princípios religiosos". De acordo com esta lei, um comércio poderia se recusar a atender gays e lésbicas, por exemplo.

    A Geórgia é o terceiro Estado onde ocorrem mais filmagens nos Estados Unidos, após Nova York e a Califórnia, por causa dos inúmeros incentivos fiscais oferecidos aos produtores. Mas a Disney tomou a corajosa decisão de suspender qualquer filmagem no local caso o governador Nathan Deal não vete o projeto.

    Não demorou para que outras produtoras se unissem ao boicote. Fox, Lionsgate, Sony, Warner e HBO também anunciaram que mudarão suas próximas filmagens para outro Estado caso a HB 757 seja aprovada, o que causaria grande impacto econômico na Geórgia. Grandes produções tiveram pelo menos uma parte de suas cenas filmadas na região, incluindo Capitão América: Guerra Civil, X-Men: Primeira Classe, Busca Implacável 3, Magic Mike XXL e a franquia Jogos Vorazes.

    Paralelamente, várias personalidades assinaram uma carta pedindo a Deal para vetar o projeto. Entre eles estão Anne Hathaway, Julianne Moore, Gus Van Sant, Lee Daniels, Matt Bomer, James Gunn, Zoe Kravitz, Aaron Sorkin, Ryan Murphy, Marisa Tomei e Seth MacFarlane. Harvey Weinstein, poderoso produtor e um dos signatários da carta, foi categórico em sua afirmação:

    "A Weinstein Company não vai apoiar a discriminação da comunidade LGBT ou de qualquer americano. Temos planos para começar a gravar o novo filme de Lee Daniels na Geórgia no fim deste ano, mas vamos mudar a produção se este projeto ilegal for aprovado. Esperamos que o governador Deal vete a HB 757 e não permita que a intolerância se torne lei na Geórgia".

    Deal pode decidir vetar o projeto até o dia 3 de maio.

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