Você achou Homem-Formiga leve demais? Sentiu falta dos dramas existenciais de Scott Lang (Paul Rudd)? Para os fãs de produções mais densas, o artista Patrick Willems imaginou como seria a história do super-herói se não estivesse nas mãos da Marvel, e sim do documentarista Werner Herzog, que já fez clássicos como O Homem-Urso e Caverna dos Sonhos Esquecidos.
O resultado é hilário: o novo Homem-Formiga torna-se filosófico, sem nenhuma cena de ação, com poucas cores e narração marcada pelo forte sotaque alemão de Herzog. Os temas são pérolas do existencialismo: "Um homem vê pelos olhos compostos das formigas. Mas a qual preço?". "Ele pode levantar coisas cem vezes mais pesadas que o seu corpo, mas isso apenas aumenta o seu fardo, sua capacidade para o sofrimento". "Scott Lang vive a realização do que todos sabemos: no fundo, como homos sapiens, nós somos pequenos, a na aflição de nossa existência existe outro mundo, de caos, fornicação e assassinato em massa".
OK, não seria um filme muito alegre. Mas daria para aprender bastante sobre a condição humana!
Para quem não lembra, o criativo e talentoso Patrick Willems já tinha imaginado outro encontro cinematográfico improvável: os mutantes de X-Men dirigidos pelo indie Wes Anderson: