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    Guilherme Fontes terá de pagar mais de R$ 80 milhões aos cofres públicos por causa do filme Chatô

    Há quase 20 anos, Fontes captou dinheiro para produzir um filme que nunca foi lançado nos cinemas. "O filme mais falado e aguardado de todos os tempos, contra tudo e contra todos, vai acontecer", garantiu o ator e diretor.

    O ator e diretor Guilherme Fontes foi condenado a indenizar os cofres públicos por causa da quantia que ele captou através da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual para rodar o filme Chatô, o Rei do Brasil. Ele teve o recurso negado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, segundo o ministro Aroldo Cedraz, relator do processo, não há a possibilidade de recorrer novamente.

    Ainda na década de 1990, Fontes captou R$ 8,6 milhões para rodar o filme, que começou a ser produzido há quase 20 anos e nunca foi lançado nos cinemas. O valor a ser devolvido, com juros, correção monetária e multa é de R$ 82,3 milhões. O ator terá de pagar a quantia em até 15 dias depois de receber a notificação oficial. Apesar de não caber mais recurso, Fontes ainda tem a chance de tentar um embargo de declaração, que pede que um juiz "reveja alguns aspectos de uma decisão proferida" quando se suspeita da "omissão, contradição ou obscuridade" de determinado processo judicial.

    Em nota enviada ao site G1, Fontes afirmou não se preocupar com a decisão do TCU. "Aos amigos e aos fãs respondo mais uma vez: lutarei contra toda e qualquer violência contra minha pessoa. E esta me parece ser mais uma. Mas vamos falar de flores: antes do Natal iniciaremos o lançamento do filme. A partir de dezembro inicio o primeiro dos 10 previews oficiais que faremos em todo o Brasil. O filme mais falado e aguardado de todos os tempos, contra tudo e contra todos, vai acontecer. E desculpe estou muito feliz com isso. Este é o segundo processo sobre o mesmo assunto. Já ganhei o primeiro e cedo ou tarde ganharei este também. Insistir que o filme não existe é de uma maluquice sem tamanho", declarou. Em abril, Fontes garantiu que o filme seria lançado ainda em 2014, o que não vai se concretizar. À época, o ator e diretor disse: "Filmei em 1999, 2002 e 2004. Nunca houve uma filmagem cancelada, nada que denotasse falta de profissinalismo. Ele está com 1 hora e 53 minutos. Acabou. Vou estrear este ano. E vai ser uma coisa muito louca. As pessoas vão se surpreender. Está quase, está quase."

    Baseado no livro Fernando Morais, Chatô conta a história de Assis Chateaubriand (1982 - 1968), magnata da comunicação que foi um dos homens mais poderosos do Brasil em sua Era. O protagonista é interpretado por Marco Ricca e o elenco conta ainda com Andréa Beltrão, Paulo Betti, Leandra Leal e Gabriel Braga Nunes.

    Fontes, que atualmente atua na novela Boogie Woogie, da TV Globo, afirmou em entrevista à revista Status que ele é uma vítima no imbróglio que envolve a conturbada produção de Chatô: "Os nomes são terríveis, envolvem pessoas famosas e respeitadas. Não há condições de citá-los. Tenho na cabeça uma peça de teatro com o título: ‘Esse otário sou eu’. É assim como eu me sinto."

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