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    Toronto 2014: Filme com Jake Gyllenhaal gera burburinho pré-Oscar

    Nightcrawler traz o ator em uma de suas melhores performances. Rene Russo também se destaca.

    Depois da morna recepção de O Juiz, de apelo popular, mas não para a temporada de premiações – a exceção de uma possível indicação para Robert Duvall como ator coadjuvante –, entre o que já foi exibido no Festival de Toronto (TIFF) até o terceiro dia, Nightcrawler desponta como um forte candidato à disputa pelas principais estatuetas na próxima edição do Oscar.

    A começar por Jake Gyllenhaal, que não só tem escolhido bons papéis nos últimos anos – O Homem Duplicado, Os Suspeitos, Zodíaco, O Segredo de Brokeback Mountain, que lhe rendeu a primeira e única, até aqui, indicação, como coadjuvante, só para citar alguns – como trata de assumir também a função de produtor neste (com o perdão do lugar comum) eletrizante thriller escrito e dirigido por Dan Gilroy (O Legado Bourne), que teve sua estreia mundial na mostra canadense. Bem dirigido, o longa parte de uma história original, criativa.

    No filme, Gyllenhaal é Lou Bloom, um ladrãozinho de meia tigela que enxerga a possibilidade de fazer carreira – e ganhar dinheiro – como cinegrafista independente, filmando cenas de crimes para alimentar o noticiário mundo cão de um telejornal sensacionalista, editado por Nina (Rene Russo, esposa do diretor).

    Em princípio, ele parece só mais um desesperado inofensivo, mas, com a lábia, vai ganhando espaço e importância, à medida em que, sem escrúpulo nenhum, sobe na vida. Se for mesmo indicado, considerando até aqui, certamente será merecido. A performance é estonteante. Ah, faltou mencionar que ele emagreceu um tanto para o papel.

    Russo, que fez grande sucesso nos anos 1990 e finalmente ganha um trabalho de destaque (não vale contar a pequena participação dela como a mãe de Thor e Loki) em uma produção de longo alcance, no entanto, é a aposta tida como mais certa. Ela tem até “clipe de Oscar”, sabe aquele momento em que o personagem explode em cena? – mas sem desmerecer a performance, que vale o ingresso.

    The Drop

    Apesar disso, as atuações masculinas têm chamado mais atenção em Toronto do que as do time das mulheres. Além dos supracitados Gyllenhaal e Duvall, Tom Hardy surpreende como Bob Saginowski, o sujeito simples que trabalha como bartender em The Drop, que também estreou no festival. Mas ainda há muito tapete vermelho a ser percorrido. O TIFF, que, vale lembrar, não é competitivo, só termina no dia 14 de setembro.

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