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    A Netflix fez história com este filme de ficção científica: 5 milhões de dólares por um anúncio de 30 segundos e 4 palavras
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    O longa-metragem não foi bem entre o público e a crítica, mas a estratégia da plataforma de streaming foi impressionante.

    A Netflix tem sido pioneira em muitas coisas, mas, há quatro anos, realizou uma estratégia de marketing que levou a plataforma de streaming a fazer história do cinema. Especificamente, na área publicitária.

    Em 2018, quando os Estados Unidos estavam assistindo ao Super Bowl, a empresa gastou cerca de 5 milhões de dólares para lançar um anúncio de 30 segundos que dizia 4 palavras promissoras: "Only on Netflix Tonight" ("Somente na Netflix hoje à noite", em português). O que a grande plataforma de streaming estava anunciando foi a estreia, sem aviso prévio, de um filme. Foi um thriller de ficção científica intitulado O Paradoxo Cloverfield, a prequel de Cloverfield - Monstro (2008).

    Obviamente, o anúncio exibido durante o grande evento esportivo não mostrou apenas essas quatro palavras. Havia também o logotipo da Bad Robot Productions, produtora de J.J. Abrams, imagens do filme original de 2008 e o então novo longa-metragem. Mas, a parte mais importante da propaganda foi a frase final. Aquele "Only on Netflix Tonight" significava que, assim que o Super Bowl acabasse, os usuários poderiam ir à Netflix e curtir o filme lançado de surpresa. A gigante do streaming criou uma necessidade e a satisfez instantaneamente.

    The Cloverfield Paradox
    The Cloverfield Paradox
    Data de lançamento 8 de abril de 2020 | 1h 42min
    Criador(es): Julius Onah
    Com Gugu Mbatha-Raw, David Oyelowo, Daniel Brühl
    Usuários
    2,4
    Adorocinema
    1,5
    Assistir em streaming

    O Paradoxo de Cloverfield acompanha uma equipe de astronautas que, no ano de 2028, alimentam um acelerador de partículas no espaço para lidar com a crise energética da Terra. Quando o fazem, o planeta desaparece e os astronautas se encontram em uma realidade alternativa. O objetivo, além de oferecer entretenimento ao espectador, era explicar os eventos que ocorreram em seu antecessor: como os monstros vieram à Terra.

    Originalmente, o filme não estava no universo Cloverfield. A Paramount pegou o roteiro, e Abrams achou que poderia ser usado para expandir a história da trama original de 2008. Uma vez filmado, o estúdio não tinha muita fé de que o projeto corresponderia às expectativas. Diante da incerteza, a Netflix interveio e se ofereceu para comprar os direitos de distribuição por cerca de 50 milhões de dólares.

    A estratégia da Netflix ficará para a história, mas, o filme, não tanto. O Paradoxo de Cloverfield, estrelado por Gugu Mbatha-Raw, Daniel Brühl, David Oyelowo e Elizabeth Debicki, não foi bem nas avaliações do público e da crítica.

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