“45 do Segundo Tempo”, filme dirigido e co-escrito por Luiz Villaça, e que estreia nos cinemas brasileiros no próximo dia 18 de agosto, é uma obra sobre reencontros e mais um lembrete de que o nosso passado ajuda a moldar as pessoas que nos tornamos e as experiências que acabamos seguindo em vida.
Pedro (Tony Ramos), Ivan (Cássio Gabus Mendes) e Mariano (Ary França) são amigos da época do colégio, que se reencontram 40 anos depois, para recriar uma foto tirada por eles no dia da inauguração do metrô de São Paulo. O reencontro traz para eles uma sensação de saudade da juventude, de momentos felizes que foram vividos e que ganham um significado ainda maior quando analisamos o momento presente deles.
Tanto Pedro, quanto Ivan, e Mariano encontram-se numa crise de meia idade, incertos sobre os seus futuros, infelizes com o rumo que a vida de cada um deles tomou. “45 do Segundo Tempo”, de uma certa maneira, utiliza a reunião dos três amigos para fazer uma grande reflexão sobre as nossas escolhas, sobre a amizade e sobre a autoanálise que todos devemos fazer sobre nós mesmos.
Por isso mesmo, “45 do Segundo Tempo” acaba sendo um título bastante feliz para tudo aquilo que o filme evoca. Fazendo um paralelo com o fanatismo de Pedro pelo esporte, pode parecer que os momentos finais de uma partida de futebol (que, para os amigos estão representados na idade que eles possuem) já é tarde demais para fazer alguma coisa, para tentar modificar algo, para tentar buscar a felicidade, para tentar se recuperar como pessoa.
O que o filme de Luiz Villaça nos mostra é justamente o contrário: que você pode até pensar em desistir, mas, se você tem ao seu lado pessoas fortes e que estão com você para o que der e vier, ceder não se torna uma opção.