Este é um filme que se constrói inteiro na performance do seu ator principal, Casey Affleck, que estabelece um protagonista (Lee Chandler) traumatizado com um realismo que só consegue ser sentido no seu último momento na companhia de sua ex-esposa (uma Michelle Williams igualmente competente e com muito menos tempo de tela). Também é um filme que te leva fácil, pois tem uma história fácil para contar. São as entrelinhas que interessam, e se fossem um pouquinho mais grossas dariam um filmaço. Mas o filme prefere ser ele mesmo e se tornar com isso impecável.
(...)Manchester à Beira-Mar é sobre humanidade e essa aproximação com a vida real, tão maravilhosamente bem recriada, faz com que ela seja relacionável com qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. E é uma obra-prima para se louvar.
Um drama pesado, contado de uma maneira sútil e sem apelações que mexe com o coração do telespectador a cada nova cena. Um filme que involve, e apresenta seus personagens como nenhum outro já apresentou. Um roteiro gigante e perfeitamente escrito, detalhado e formulado com transições da beira mar de Manchester infinitamente precisas no longa. Um ritmo calmo que acompanha o protagonista. Um elenco sensacional, sem palavras pro incrível trabalho de Casey Affleck. Destaque para incríveis cenas em que Michelle Williams aparece que simplesmente destruiram meu coração. Lucas Hedges é um coajuvante incrível com uma história de um adolescente comum que agrega muito ao drama. Um edição fantástica com cortes e flashbacks nas horas necessárias. Um filme sútil, fervoroso e denso. Sem dúvidas um dos filmes mais tristes do ano e mais bem escritos da década. Vem oscar!
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