Num século a onde poucos filmes de terror se destacam, temos “Babadook”, O filme que conta a historia de Amelia (Essie Davis), uma mãe solteira que cria um filho problemático sozinho, causando depressão, angustia e raiva. Com trechos que lembram Repulsa(64) e o Iluminado(80), “Babadook” é um show de roteiro, todos os personagens são absurdamente bem construídos, e olha que o filme tem só uma hora e meia. Por muitos momentos esquecemos do sobrenatural, pois o que nos aterroriza é a vida de Amelia, e o filme se torna tão humano que quando vem o sobrenatural, nós realmente nos assustamos, uma historia a onde o aspecto humano dos personagens são muito bem construídos nos fazendo esquecer do sobrenatural e mistério, podemos dizer que é um roteiro que Stephen King aprovaria, Confesso que fui assistir o filme por uma recomendação de uma amiga, e com um certo preconceito, mas a fotografia do filme me ganhou completamente nos primeiros 5 minutos, essa fotografia extremamente sombria com uma paleta de cores voltadas para o cinza, deste o primeiro minuto alguma coisa no filme incomoda, com uma trilha sonora precisa e atuações brilhantes, Essie Davis está assustadoramente perfeita, e Noah Wiseman lhe faz crer em sua loucura apenas com o olhas. O grande erro do filme é seu terceiro ato, todo ele é um pecado, ao tentar lutar contra o mau ele se releva e se coloca ao nível de todos os outros medianos pra ruins filmes de “terror”. É obvio que o filme tem uma mensagem, todo ele é uma alegoria, o monstro é muito mais profundo do que apenas um monstro, tem todo uma analogia por trás envolvendo a depressão e loucura, mas o filme que tem seus dois primeiros atos ótimos, e um terceiro burro e simples que se normaliza e decepciona, mas vale muito a pena, embora a película deixa de ser genial por pura falta de imaginação, o roteiro se entrega ao comum nos últimos minutos. Mas por fim, “Babadook” vale a pena, pois em sua maioria é diferente, e para os amantes do terror, é um deleito.