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    Vidas ao Vento
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    4,1
    207 notas
    Você assistiu Vidas ao Vento ?

    17 Críticas do usuário

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    6 críticas
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    Nick R.
    Nick R.

    4 seguidores 5 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 28 de agosto de 2014
    Simples, tocante e sincero, Vidas ao Vento revolucionou o gênero de animações produzido por Miyazaki.
    O diretor japonês, consagrado por dirigir obras de fantasia distintas, resolveu arriscar outro tipo de produção, algo voltado para o realismo e de cunho biográfico. E ouso dizer que se saiu muito bem. Jiro Horikoshi, a figura principal da trama, é um rapaz que desde jovem sonhava - no sentido literal e figurado - em voar. Decidiu um dia investir em seu sonho, e dedicou-se à engenharia aeronáutica. Em plena Segunda Guerra Mundial, numa época de miséria, fome e morte, o jovem encontra a sua fuga na projeção de aviões, que posteriormente serão usados pela marinha japonesa. A dor e o sofrimento causados pela guerra não são simplesmente ignorados durante o desenrolar dos fatos, e a ideia de projetar aviões que serão usados para bombardeios coloca Jiro e os engenheiros num dilema moral, que felizmente ou infelizmente é ignorado pelos próprios, para que possam continuar fazendo aquilo que lhes dá prazer: projetar, e simplesmente projetar, evitando pensar nos fins em que suas projeções serão empregados.

    Para os fãs do diretor, o filme pôde ter causado uma pequena decepção, uma vez que rompe de forma quase definitiva com a fantasia para investir no realismo biográfico. Diferente das produções anteriores, Vidas ao Vento é voltada para um público um pouco mais maduro. Outro ponto bastante criticado no filme é o excessivo linguajar técnico empregado do começo ao fim do mesmo. Mas é preciso ter em mente que para transmitir a ideia desejada pelo diretor, tudo isso era necessário. Nem mesmo a linguagem técnica ou o realismo cru que encontra sua fuga nos sonhos do jovem engenheiro e em seu romance com a jovem Naoko são o suficiente para desmerecer essa produção. Sendo ou não a última produção de Miyazaki, pode não ter sido exatamente um grand finale, mas certamente foi a cereja do bolo. Vale apena assistir mais de uma vez.
    Ana A.
    Ana A.

    2 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de maio de 2014
    Embora seja animação, não se trata de uma estória indicada para crianças. Já vi, em cinemas, crianças reclamando aos pais que não entenderam os filmes deste diretor. Kaze Tachinu não é excessão. O tema é denso e o enredo é "paradinho". Mas os traços são maravilhosos! E o diretor sabe mesclar assuntos - como poesia e guerra, desastres naturais e crítica aos gastos militares, com pitada de romance à moda japonesa - de maneira muito engenhosa. Fantástico!
    Priscila A.
    Priscila A.

    13 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 21 de abril de 2014
    Embora tenha assistido somente uma vez, vou arriscar alguns comentários.
    "Vidas ao Vento" fala do esforço humano diante dos elementos e situações com que se depara. Diante das intempéries naturais spoiler: (o terremoto)
    , de seus próprios limites físicos spoiler: (a miopia, que o impede de tornar-se piloto)
    , do fracasso de seus primeiros trabalhos - tão suados - Jiro segue o imperativo: "il faut tenter de vivre".

    Apresenta um tom determinista típico da cultura oriental: o vento é metáfora de um destino que brinca com os seres humanos, ora trazendo felicidades, ora tragédias. Tem em comum com as outras obras do cineasta a forma como ele dá vida às coisas inanimadas spoiler: - por exemplo o terremoto de Kanto, que uiva como um animal feroz -
    e o fato de seus personagens serem pessoas comuns - nenhum deles tem nada de extraordinário. Entretanto, tem menos fantásticos, e a evolução da história é mais lenta - realmente, não é indicado para crianças.

    A despeito da foto de divulgação, o romance é apenas um dos vários elementos (talvez o menos relevante) deste filme, junto com a solidariedade, a conquista pelo esforço, o questionamento ante as posições dos Estados nacionais spoiler: (excessos militares na Alemanha; perseguição de Jiro e do viajante alemão em solo japonês)
    e com relação à guerra - embora não apresente uma crítica direta, o protagonista se debate a todo tempo entre realizar seu sonho spoiler: - sabendo que será usado para causar imenso morticínio -
    e... que outra escolha teria? É obcecado demais pela construção de aviões; não parece haver alternativa.

    Em suma: acho que os fãs do gênero vão amar; pode ser interessante para quem gosta de drama e/ou de animês mais "cabeça". O restante da população provavelmente vai achar entediante.
    Rodrigo V.
    Rodrigo V.

    5 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 5 de março de 2014
    Assistir a qualquer filme do Studio Ghibli é uma redefinição do conceito de animação para qualquer pessoa que na infância é tão modelada pelos padrões "americanos".

    "Vidas ao Vento" talvez seja o filme que flerte menos com a surrealidade já característica do diretor Hayao Miyazaki, e isto deve ser compreendido como uma forma dele de mostrar que nossos sonhos devem revelar uma face mais prática e objetiva do caminho a ser percorrido para serem realizados.

    No início do filme não é fácil se envolver com a história do protagonista. Jiro Horikosh não possui uma personalidade turbulenta, pelo contrário, é bastante reservado. Decidido a atingir seu maior desejo, o de construir aviões, ele não nos dá muito tempo para conhecê-lo melhor ou entender seus sentimentos. Somos observadores dos seus esforços, e creio que neste detalhe comum está a maior identificação com o personagem.

    Nos únicos momentos em que entramos em seus pensamentos, quando ele faz contato com seu grande inspirador, mesmo ali, podemos notar os "pés no chão" do personagem, que utiliza-se desse canal imaginativo para conversar com sua própria criatividade.

    O romance que no final chega tímido e se desenrola de forma bastante singela revela o outro lado humano do engenheiro,que mesmo com "a cabeça nas alturas", tem como âncora seu coração. Desta relação surgem as melhores cenas do filme.

    O último filme de Hayao Miyazaki não é o mais apaixonante, mas, com certeza, mantém o nível desse diretor que sempre em seus traços nos faz refletir de forma íntima cada personagem e cena.

    Vida longa ao Studio Ghibli!
    Skybaggins
    Skybaggins

    9 seguidores 37 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de março de 2014
    Hayao Miyazaki é um dos maiores (senão o maior de todos) animadores da história do cinema. Os próprios fundadores da Pixar - John Lasseter e companhia - consideram-no seu mestre. O animador é responsável por grandes obras da animação como "Princesa Mononoke", "O Castelo Animado", "Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar", além de sua grande obra-prima "A Viagem de Chihiro". Decorrente de tão boa trabalho, Miyazaki conquistou muitos fãs ao redor do mundo (inclusive eu). Então recebemos a triste notícia de que ele iria se aposentar. Ele anunciou que "Vidas ao Vento" seria sua última contribuição para o cinema. É nesse panorama de despedida que o filme estreou. O longa acompanha Jiro Horikoshi, que projetou aviões para o Japão durante a Segunda Guerra Mundial e sua relação amorosa com a donzela Naoko.

    O roteiro é de Hayao Miyazaki. O roteiro desenvolve muito bem os personagens. No início do filme, o sonho de projetar aviões já é apresentado para o espectador. Assim, à medida que a história se desenrola e Jiro vai conquistando seus objetivos, percebemos o crescimento do personagem. O filme é baseado numa história real e isso o difere dos trabalhos anteriores do diretor. Antigamente o diretor gostava de contar histórias fantásticas de princesas, porém dessa vez percebemos um roteiro mais sério e real. Como já disse, o protagonista projetou aviões para o Japão na II Guerra. Porém não foram simples aviões. Jiro projetou o modelo dos aviões que fizeram o famoso ataque à Pearl Harbor, nos EUA. Muitas pessoas podem achar então que Jiro era um homem cruel e sem coração. Porém, o roteiro de Miyazaki é tão sutil que nos mostra como os jovens japoneses estavam assustados com a Guerra e que Jiro não projetou os aviões com a finalidade da destruição, mas com a finalidade de realizar o sonho de sua vida. O roteiro mostra ao espectador que muitas pessoas durante a Guerra não tinham nada a ver com os conflitos. A Guerra foi totalmente feita pelos militares. Uma forma que o roteirista teve para ilustrar essa situação foi desenvolver uma relação amorosa com uma garota com tuberculose. A relação entre eles é muito bem construída e é moldada no amor.

    A direção também de Hayao Miyazaki. Como o diretor trabalha num filme realista, ele perde o artifício dos olhos grandes que tornam os personagens mais "fofos". Porém essa falta de infantilidade não é ruim. A direção dele é muito compacta e os planos usados são belíssimos. Aliás, o visual do filme é incrível. O Studio Ghibli mais uma vez nos traz uma animação com grandes acertos visuais. A animação foca muito nos detalhes no ambiente, com uma leveza de tom de cor que impressiona. É um filme para se ver no cinema. Os efeitos especiais são fantásticos. Mesmo a história sendo real, o diretor não deixa sua marca de lado. Em vez de apresentar situações fantásticas, Miyazaki trabalha o personagem na vida real, mas também trabalha com os sonhos do personagem. Como nos sonhos tudo é possível, Miyazaki usa tomadas surreais para mostrar situações praticamente impossíveis, que se misturam com as características dos personagens na vida real. A trilha sonora usada é tocante e suave.

    Mesmo tratando-se de uma animação, o filme tem um tom mais adulto. As crianças até se divertirão com a história de amor entre Jiro e Naoko, porém o roteiro foca mesmo é na inocência dos jovens japoneses durante a Guerra. Além disso, o roteiro demonstra algumas atitudes que fazem o espectador pensar e refletir. O filme foi indicado ao Globo de Ouro de "Melhor filme estrangeiro" e ao Oscar de "Melhor animação", mas não levou nenhum. A crítica americana não está tão boa, pelo fato dos aviões terem atacado e matado milhares de soldados americanos, por isso o filme não arrecadou nenhum prêmio. Até entendo essa visão americana do filme, mas não concordo, pois Miyazaki deixa explícito a situação do protagonista. "Vidas ao Vento" é um espetáculo visual que conta com uma bela história de amor e demonstra a inocência dos jovens perante à guerra.
    Juliano O.
    Juliano O.

    17 seguidores 3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de março de 2014
    Hayao Miyazaki sempre impressiona e "Vidas ao vento" não foge a regra! Sonho e realidade se misturam numa belíssima concretização artística onde apresenta a dualidade entre criação (a vida) e destruição (a morte). Forças antagônicas que se manifestam e nos conduzem na jornada de Jiro Horikoshi. A cada escolha, uma renúncia e assim segue a aventura da vida. Adorei.
    Patricia Y.
    Patricia Y.

    4 seguidores 2 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 1 de março de 2014
    Vidas ao vento é um filme poético, contemplativo. Visualmente muito bonito!
    mas comparado as outras obras dos estúdios Ghibli não é tão dinâmico, achei meio paradinho...
    As crianças que estavam no cinema começaram a ficar, digamos, entediadas...
    Quem é fã não pode perder, mas não espere um filme aventuresco.
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